Trabalhadores da Companhia Docas iniciam greve de 24 horas em São Sebastião

Contra Privatização e retirada de direitos

Os funcionários da Companhia Docas do Porto de São Sebastião iniciaram nesta terça-feira (9) greve de 24h da categoria portuária . A greve acontece após três meses de negociação, em que não houve por parte da compahnhia sequer proposta de reajuste salarial. A diretoria do Sindipetro-LP participou durante a manhã dos atos realizados pelos portuários em São Sebastião. Além da campanha salarial, os portuários se mobilizam contra a privatização dos portos em todo Brasil, entre eles o de São Sebastião, de Santos e de Vitória, no Espírito Santo, que estão diretamente interligados.  A adesão dos trabalhadores do quadro da Docas é quase total, com exceção dos comissionados.

Com a privatização, só no porto de São Sebastião serão 100 trabalhadores diretos da Docas demitidos. As demissões podem ser maiores se considerado que os funcionários avulsos e outros de empresas prestadoras de serviços também serão atingidos, direta ou indiretamente.

Para tornar o negócio ainda mais atrativo para o futuro comprador, o governo quer baratear os custos de operação, tirando direitos dos trabalhadores concursados. João Carlos, funcionário próprio da Docas de São Sebastião, explica que a companhia propôs no acordo coletivo  dos portuários criação de bancos de horas e descontos de 10% nos valores do VA e VR do trabalhadores.

A direção Sindical tem feito incursões em Brasília, conversando com os órgãos federais e federações dos trabalhadores para pensar meios de parar o processo de privatização que caminha a passos largos. Com as mudanças feitas pelo governo federal na legislação, o único ponto de resistência da privatização dos portos parte dos trabalhadores.

A categoria petroleira está com os portuários nessa luta!