Em novo acidente, petroleiros combatem vazamento de GLP na RPBC

VIDAS EM RISCO

O Sindipetro Litoral Paulista acaba de receber a informação de que trabalhadores da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão combatem, neste momento, vazamento de GLP numa válvula localizada no setor de destilação da unidade.

A Brigada de Emergência, composta por petroleiros do setor de SMS, está engajada no controle do vazamento, jogando jatos d’água na área para que o produto não encontre fonte de ignição, o que pode causar incêndio/explosão. Felizmente, não há nenhum trabalhador ferido.

Enquanto a gerência da empresa insiste na versão de que a redução de efetivo não afeta a segurança da refinaria, este é o segundo acidente que em menos de quinze dias gera medo e apreensão em toda a força de trabalho. E o terceiro que acontece desde a implantação do quadro operacional reduzido. Na última sexta-feira (18), aliás, Na última sexta-feira, aliás, já havia tido um princípio de incêndio no mesmo setor de destilação por conta também de um vazamento. Ou seja, em menos de três dias foram dois acidentes com potencial de destruição das unidades.

O mesmo acontece nas demais refinarias, que também sofrem com esta política. Dois exemplos dramáticos são as refinarias de Duque de Caxias (REDUC), no Rio de Janeiro, e Landulpho Alves (RLAM), na Bahia.

É, além disso, mais um grave fato que até agora não teve proporções maiores por uma boa dose de sorte, além da competência dos trabalhadores para evitar prejuízos de maior gravidade. Segundo informações obtidas pelo Sindicato, o vazamento acontece ao lado de uma subestação desativada e numa área distante de equipamentos com potencial explosivo como bombas e motores. Ou seja, mais uma vez a categoria fica refém de um feliz acaso para não ser vítima de uma tragédia.

Para o Sindipetro-LP, não há dúvidas de que a falta de investimentos em manutenção aliada à redução de efetivo na operação é uma combinação extremamente perigosa, que já vem impactando negativamente a rotina da unidade. De um lado, temos equipamentos cada vez mais sucateados, de outro lado temos um número insuficiente de trabalhadores para realizar as vistorias necessárias para garantir a segurança da unidade, da força de trabalho e da comunidade circunvizinha.

Atualização
Felizmente, os trabalhadores conseguiram controlar o vazamento e retomar a operação com segurança. Ressaltamos que, mais uma vez, a empresa não comunicou o acidente ao Sindicato, cabendo ao trabalhadores informar o ocorrido aos dirigentes sindicais.

*Matéria publicada segunda-feira (21), às 16h30, atualizada às 19h02.