FNP aprova moção de repúdio contra arbitrariedades de gerente da UTGCA

"lei do cão"

Os trabalhadores da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTCA) estão vivendo sob uma verdadeira “lei do cão”. Isso porque, dentre outros abusos, a gerência vem seguindo à risca a chamada “política de consequências” da gestão Pedro Parente. O objetivo desta nova “diretriz” é jogar sobre as costas dos trabalhadores a responsabilidade pelos acidentes. Medida que o Gerente de Ativo vem cumprindo, ao que parece, com bastante satisfação.

Durante DDS geral realizado na oficina de manutenção, no dia 17 de agosto, este gerente deu boas demonstrações da sua postura truculenta com a força de trabalho. Ao questionar se alguém havia se sentido ameaçado em outras apresentações, recebeu uma resposta positiva de dois deles e a partir daí deu um verdadeiro show de intolerância.

Diante de tanto assédio moral, dois petroleiros relataram que já se sentiram ameaçados. Nas duas ocasiões a reação do gerente foi lamentável: após o primeiro relato, não deu oportunidade para que o empregado pudesse relatar o que aconteceu. Chegou-se ao cúmulo de tomar o microfone para si quando o trabalhador tentava garantir o seu direito à fala, causando enorme constrangimento. Após o segundo relato, simplesmente tentou desmentir o trabalhador, apresentando outra versão para o relato dele.

O fato é que, sistematicamente, o Gerente do Ativo vem criando um clima de medo entre os empregados. É cada vez mais comum a afirmação de que punições serão aplicadas no caso de descumprimento das “regras de ouro”. Por outro lado, não parece constrangido em reproduzir o velho “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Isso porque pareceu fazer vistas grossas, dias atrás, para possíveis desvios de conduta na visita de uma comitiva gerencial à área operacional.

Na ocasião, inclusive via RTA, os trabalhadores questionaram se o uso de câmera fotográfica em área classificada estava sendo acompanhado de um detector de explosividade. Na reunião esse questionamento voltou a ser feito e, no lugar de um esclarecimento convincente, o gerente preferiu responder com grosserias e ameaças, mais uma vez colocando em dúvida o relato dos empregados.

Uma postura completamente inadmissível que só aumenta o clima de insatisfação entre os trabalhadores. O RH Corporativo já foi avisado. Inúmeras denúncias já foram feitas. O Sindipetro-LP não admitirá o assédio moral e o clima de perseguição contra os trabalhadores.

Moção de repúdio
No XI Congresso Nacional da Fderação Nacional dos Petroleiros que contece entre os dias 17 a 20 de agosto, no Rio de Janeiro, foi proposta e aprovada por unanimidade uma moção de repúdio contra a gerência da UTGCA, conforme texto que segue abaixo.

"Nós, delegados e observadores do XI Congresso Nacional da FNP, repudiamos as atitudes arbitrárias e antissindicais que vem ocorrendo de forma generalizada na UTGCA, Litoral Paulista, principalmente diante da postura ditatorial e antidemocrática do gerente do ativo da unidade, o Sr. Alisson Cardoso, que vem ameaçando os trabalhadores com a atual política de consequências de SMS que vem sendo implementada pela Petrobrás nos últimos  meses.

Os trabalhadores da UTGCA estão em luta contra as arbitrariedades desta gerência".