Em resposta à direção da Petrobrás, FNP planeja greve

act 2017

Depois dos cinco sindicatos seguirem o indicativo da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e rejeitarem a proposta da direção da Petrobrás, na manhã da última segunda-feira (9) a FNP enviou um ofício para o RH da Petrobrás, em que solicitou uma nova rodada de negociação com uma nova proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

No entanto, o RH, que havia sinalizado que sentaria na manhã desta terça (10) para negociar o ACT, informou que não haveria mais reunião por não ter uma nova proposta para apresentar.

Há mais de 20 dias da apresentação da primeira proposta, a direção da empresa insiste em fechar o ACT até o dia 10 de novembro, porém, não se dignou a preparar uma nova proposta. Um desrespeito a toda a categoria!

“O objetivo da empresa é defender a privatização e o plano de gestão da direção da empresa”, afirma Rafael Prado, diretor da FNP e do Sindipetro-SJC.

Agora, a FNP reúne-se no Rio de Janeiro para definir os próximos passos e a construção de uma greve.

Enxugar para privatizar

Na proposta, a direção da Petrobrás propõe reajuste salarial de 1,73%; cortar pela metade a remuneração de horas extras, que atualmente é um adicional de 100%; propõe fim do Adicional do Estado do Amazonas; 0% de reajuste para os Benefícios Educacionais; propõe a migração obrigatória para o Vale Refeição/Vale Alimentação; reajuste de 34% para a tabela de Grande Risco da AMS; fim da Gratificação de Campo Terrestre; fim do Benefício Farmácia; fim do Programa Jovem Universitário; redução da gratificação de férias; fim da promoção por antiguidade de Pleno para Sênior nos cargos de nível médio, entre outros ajustes.

Além disso, com o lema de reduzir custos e despesas, o RH também apresenta a possibilidade de os empregados que atuam no regime administrativo flexível ou fixo optarem pela redução de cinco para quatro dias trabalhados por semana, com diminuição proporcional de remuneração. Manobras claras para retirar direitos e enxugar a empresa para privatizar.

Fonte: FNP