Em manifesto, trabalhadores da P-66 informam adesão às mobilizações e defendem paralisação nacional

Nenhum direito a menos!

Na última terça-feira (10), os petroleiros e petroleiras da P-66 iniciaram a mobilização na plataforma através da chamada operação padrão. A decisão, tomada coletivamente pelos trabalhadores embarcados no último dia 9, responde positivamente às deliberações da Assembleia de 6 de outubro, quando na sede, subsede e plataformas de Merluza e Mexilhão a categoria do Litoral Paulista rejeitou a 1ª proposta de ACT da Petrobrás e aprovou a continuidade das mobilizações.

Inaugurada recentemente, a P-66 já se apresenta como um ativo estratégico para a companhia. Para se ter uma ideia, a plataforma já produz 50 mil barris por dia e com a entrada de 2 novos poços nas próximas semanas a previsão é de 100 mil barris. Repetindo o drama que vive os trabalhadores de outras unidades operacionais, sobretudo as refinarias, a operação da P-66 tem um efetivo reduzido que, combinado à pressão para acelerar a rampa de produção, tem potencializado a iminência de acidentes e incidentes graves. Aliás, já aconteceram vazamentos de gás com alto potencial de risco, cuja investigação teve a participação do Sindicato. Abaixo, confira o manifesto.

Manifesto dos trabalhadores da P-66
Nós trabalhadores da P-66, viemos por meio deste informar que durante assembleia, realizada no dia 9/10/17, foi decidida a adesão ao movimento de operação padrão. Acreditamos ser importante a intensificação das mobilizações neste momento em que a Companhia sinaliza com ataques progressivos aos nossos direitos e temos um prazo curto, devido a entrada em vigor da Reforma Trabalhista no dia 11 de Novembro. Por isso é fundamental algo maior, buscando a unidade da categoria e seus sindicatos em uma paralisação nacional de um dia indicada como sugestão para a véspera da próxima rodada de negociações.