Diretoria e Petroleiros da UTGCA e Tebar contra aprofundamento da terceirização na Petrobrás

Litoral Norte

A diretoria do Sindipetro-LP, representada pelos diretores Adaedson Costa, Fábio Loureiro, Tiago Nicolini, Marcio André e Douglas, estiveram na UTGCA e Tebar, na segunda e terça-feira (16 e 17), para tratar de demandas dos trabalhadores das duas unidades, dentre elas a terceirização de áreas que antes eram exclusivas dos petroleiros próprios.

Na UTGCA a notícia de que a responsabilidade pela operação e manutenção das subestações passaria a ser delegadas a uma empresa terceirizada, preocupa os trabalhadores. Segundo o gerente da unidade, a terceirização da subestação deverá ser licitada devido a grande adesão ao Mobiliza, por tempo suficiente até conseguir que outros próprios sejam enviados.

Para o sindicato, a solução imediata para a falta de profissionais que queiram ficar na unidade poderia ser resolvida se diminuíssem os postos ocupados por “supervisores interinos”, a fim de atender à necessidade operacional. Criado para iludir o trabalhador, a função não existe. A abertura de novos concursos também é o melhor caminho para o problema na UTGCA.

A falta de segurança, ingerência e clima sempre tenso, com ameaças constantes de terceirização de áreas da unidade, têm causado preocupação nos trabalhadores, que insatisfeitos estão pedindo para serem transferidos. No entanto, não é terceirizando que os problema de ambiência serão resolvidos e sim com valorização efetiva do trabalhador e respeito a sua segurança.

As demandas do Tebar também esbarram na questão da terceirização de setores da atividade-fim da unidade, como a estação de Tratamento de Efluentes (ETE).

O papel da diretoria nessa visita foi de mobilizar os trabalhadores, para que, juntamente com as medidas sindicais e políticas que estão sendo tomadas pelo Sindipetro-LP, a categoria esteja preparada para ser protagonista em um futuro embate com a empresa.

A diretoria também falou sobre a necessidade de fortalecer ainda mais o sindicato, convidando os petroleiros não sindicalizados a se filiarem.

Além de questões como equacionamento da Petros, Benefício Farmácia e AMS, os petroleiros precisam de união para barrar a venda de ativos e impedir que as mudanças aprovadas com a reforma trabalhista não retirem futuramente direitos garantidos hoje por nosso acordo coletivo.