Petroleiros da RPBC realizam atraso contra privatização de quatro refinarias da Petrobrás

RLAM, RNEST, REFAP e REPAR na mira

Na manhã de sexta-feira (20), os petroleiros da RPBC e UTE Euzébio Rocha, ADM e turno, fizeram atraso contra o anúncio da venda das quatro refinarias da Petrobrás que devem ser privatizadas: Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia; a Refinaria do Nordeste ou Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco; a Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), no Rio Grande do Sul; e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná.

Além das refinarias, a infraestrutura da Transpetro, gasodutos e terminais que atendem essas unidades serão colocadas à venda. Para que os terminais sejam vendidos, segundo a Petrobrás, falta apenas escolher o melhor modelo de negócio para iniciar as negociações.

O anúncio acendeu um alerta aos trabalhadores, pois começa a se concretizar o plano de negócios da empresa, que basicamente se resume a vender tudo o que for de interesse do mercado. O objetivo dos executivos da companhia é que a empresa se dedique quase que exclusivamente a extração do petróleo do pré-sal.

Segundo o anúncio feito pela Petrobrás no dia 19, o futuro dos trabalhadores próprios das unidades ofertadas será dois: ou serão convidados a trabalhar nas novas empresas, ou poderão ser transferidos para outras unidades. No entanto, a empresa não se pronunciou quanto ao que será feito com os trabalhadores que não aceitarem nenhuma das alternativas apresentadas.

Para os petroleiros do Litoral Paulista, a construção de uma greve geral, unindo todos os trabalhadores, próprios e terceirizados, das bases da FNP e da FUP, será a única forma de barrar a sanha privatista dos golpistas que estão no poder.

Foi assim que barramos a venda da Petrobrás em 1995. O Sindipetro-LP e a categoria petroleira do Litoral Paulista se solidarizam com os companheiros dessas unidades e se coloca à disposição para enfrentarmos juntos mais essa luta!