GEPLAT descumpre padrão e obriga trabalhadores da manutenção a dormir em local improvisado

Plataforma de Mexilhão

No último domingo (20), devido a fortes ventos e ondas, os colaboradores residentes na UMAR, que realizavam trabalhos programados para aquele dia na plataforma de Mexilhão (PMXL), foram chamados de volta à unidade, antes que as condições climáticas piorassem.

O acoplamento e desacoplamento dependem de fatores climáticos, como intensidade de vento, correnteza e altura de onda. Quando ocorre o desacoplamento, os residentes da unidade, que ficam hospedados na UMAR, têm que, obrigatoriamente, voltar para a embarcação.

Porém, Para não "perder" a programação de trabalhos do dia, o GEPLAT de Mexilhão segurou nove colaboradores a bordo da plataforma, mesmo com o aviso de desacoplamento da UMAR.

Sem previsão para reacoplar à PMXL, a manobra do Geplat segurando os embarcados da manutenção, fez com que excedesse em quatro pessoas a capacidade máxima de trabalhadores a bordo. Dos nove chamados, cinco conseguiram vagas nos camarotes, porém quatro tiveram que se acomodar na "antiga academia", local que não possui camas nem banheiros, onde inclusive tiveram que pernoitar com a luz acesa.

Os trabalhadores se acomodaram como foi possível, sem roupa íntima para troca, tendo que dormir com o uniforme de trabalho, e sem nem ao menos produtos de higiene pessoal disponível. A estadia do pessoal só foi minimamente possível, devido o trabalho dos cipeiros, que se mobilizaram para acomodar os companheiros.

A Cidade de Araruama (UMAR) é o nome da unidade marítima que presta serviço à plataforma de Mexilhão, na forma de um "flotel", ou um "hotel flutuante". A unidade fica acoplada à plataforma de Mexilhão através de uma passarela que as interliga, o que demanda uma série de cuidados, que devem ser seguidos à risca.

O GEPLAT que vive alertando os colaboradores a seguir os procedimentos, pois do contrário podem sofrem punições, não cumpriu o que prega. Será que o mesmo sofrerá alguma punição por esta atitude irresponsável?

O sindicato soube do ocorrido e já está tomando as medidas cabíveis para o caso. Além da notificação oficial, via ofício, a situação será levada tanto para a reunião com a gerência da UO-BS, quanto na reunião de acompanhamento de ACT, com o RH corporativo, no Rio de Janeiro.