FNP exige, em mesa de negociação, cumprimento de Acordo específico de PLR

No Rio de Janeiro

A reunião começou nesta quarta-feira (13), a partir das 14 horas, com um protesto realizado pelos representantes da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) contra as punições por participação na greve do dia 30. Punições de todos os tipos estão sendo aplicadas nos petroleiros em várias unidades do país.

Durante o preâmbulo, a FNP também solicitou uma reunião, URGENTE, com o novo presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, para tratar especificamente das punições, a fim de interromper as ameaças, os assédios, sobretudo, as demissões. Casos de vários companheiros foram relatados na mesa de negociação. "Trabalhador não é ladrão para ser punido!", afirma diretor da FNP.

Outro tema bastante mencionado, durante o preâmbulo, foi a privatização da Petrobrás, que vem sendo executada a todo vapor, além de criticarem a discriminação de gênero dentro da estatal.

A direção da FNP também questionou o fato de trabalhadores do Terminal Aquaviario da Baia da Guanabara (TABG), localizado no Rio de Janeiro, do setor administrativo especificamente, não estarem recebendo Vale Alimentação.

Urucu também foi outro tema registrado durante o preâmbulo, em que diretor da FNP denunciou diferentes fraudes frequentes no Campo de Produção de Urucu.

Em seguida, representantes da empresa fizeram uma apresentação sobre Acordo de Regramento para pagamento de PLR. Durante a apresentação, o RH insistiu em afirmar que a companhia não vem dando lucro, desde 2015, embora tenha batido as metas estabelecidas. O RH ainda afirmou que, neste momento, não há avanço possível sobre este tema.

Indgnado com a apresentação, diretor da FNP rebate a apresentação e afirma para o RH: "Tu estudas para me ferrar e eu estudo para me defender". E completa, "vamos sempre defender os direitos dos trabalhadores".

Para a FNP, a atual proposta de PLR da empresa não está de acordo com que foi assinado, pois a mesma diminui os valores acordados com os trabalhadores, utilizando critérios que beneficiam gerentes.

As pessoas com cargos de confiança/ função gratificada estão com o dinheiro garantido a partir do momento em que a empresa considera a função gratificada na remuneração, logo, a PR será gorda para gerentes e a menor possível para o “peão” a partir de um conceito inventado pela empresa.

Por ampla maioria, as bases da FNP já tinham decidido pela rejeição da proposta da Petrobrás em assembleias, realizadas recentemente. Agora, direção da empresa deixou claro, em mesa, a indisponibilidade em negociar sobre o assunto.

A FNP exigiu um PLR com conceito de ampla remuneração, bem como busca garantir uma PLR isonômica para todos os trabalhadores.

Assim, a Federação Nacional espera que direção da Petrobrás cumpra o Acordo Coletivo dos Trabalhadores, bem como o acordo específico de PLR e exige que o termo de quitação elaborado pela empresa não restrinja o acordo, mas, sim, o respeite.

Projeto Plano de Carreiras e Remuneração (PCR)

Posteriormente, o RH apresentou um novo projeto de Plano de Carreiras e Remuneração, orientado pela consultoria e educação executiva da Fundação Instituto de Administração (Fia), quem vem para substituir o antigo Plano de Classificação e Avaliação de Cargos (PCAC).

Fonte: FNP