Gerência de SMS da RPBC preserva supervisor e pune trabalhadores, desmontando Grupo 4

Após denúncias

Dentro da gerência de SMS da RPBC existe um problema de falta de gestão de competência. Procurada pelos trabalhadores, chegou ao conhecimento da diretoria do sindicato que o Grupo 4 passava por problemas de comandos da brigada de incêndio, que vem gerando insegurança no turno e que provoca riscos diretamente à segurança e a ambiência no setor da segurança industrial e envolve os bombeiros. 
A raiz do problema, que parecia ser um supervisor do setor de SMS, se mostrou mais profunda e tem ligação direta com a gerência da refinaria, que não toma providência sobre os problemas causados pelo supervisor em questão, mas ao contrário, acoberta e dá carta branca para que aja de acordo com sua consciência.


O problema vem desde maio de 2017, precisamente no dia 20, quando no turno das 7h às 15h, durante treinamento, o inventário da VPC-1, a única viatura de pó e CO2 da refinaria, foi esvaziado, e mesmo com o alerta dos trabalhadores, permaneceu vazio por dois meses, deixando a RPBC descoberta durante todo esse período. A viatura é a única na unidade que combate  incêndios, considerados tridimensionais, e possíveis eventos que possam ocorrer nas subestações elétricas.


Após esse evento, diversas ocorrências foram verificadas, como um princípio de incêndio que na UFCC, em julho de 2017, preocupando a todos. Os problemas no setor continuaram. Durante um treinamento simulado de emergência no laboratório da refinaria, quando a maioria da equipe optou em realizar o simulado de modo que não provocasse risco real de acidente, o supervisor, que estava no comando da brigada resolveu, de forma autoritária, na base da “carteirada”, submeter todo o grupo a um risco real, dizendo que tinha que ser de seu jeito.


Também houve casos de treinamento, que deveria ser realizado por profissional especializado, conforme previsto em NRs, mas que, com autorização da gerência do setor, foi dado por profissional sem proficiência no assunto.


Em outra situação, durante curso de proteção respiratória para os técnicos de seguranças, o supervisor resolveu que não responderia aos questionamentos da equipe. De forma também autoritária e arrogante, sugeriu que a equipe enviasse as perguntas, via Lotus Notes, para o gerente ou até para Jesus Cristo, se negando a responder as questões. Após diversas ocorrências relatadas pelos trabalhadores, o sindicato ainda tentou fazer reuniões de modo que não expusesse o supervisor, cria da gerência, que vem causando os problemas.


Com a mudança do gerente de SMS no começo do ano, que nas primeiras conversas com o sindicato se mostrou “proativo”, parecia que tudo entraria nos trilhos. Porém, o gerente logo se acomodou, e ao invés de resolver o problema de ambiência que uma única pessoa vem dando ao grupo, preferiu desfazer todo o grupo 4, espalhando insatisfação geral.


A alteração do Grupo 4, sem a anuência dos trabalhadores e sem  conversar com o sindicato, demonstra desrespeito a todo o processo e boa intenção que o sindicato vinha construindo junto a empresa.
A mudança dos trabalhadores, como era de se prever, continua gerando insatisfação e só aumentou os problemas do Grupo 4 e agora de outros grupos, pois os trabalhadores transferidos de outras equipes estão incomodados em trabalhador com o supervisor problema.


Assim, depois que o novo gerente se comprometeu a resolver o problema do setor de SMS, e só piorou a situação, a partir de fevereiro deste ano o sindicato vem tentando resolver de outras formas a lambança que se formou no Setor de SMS da RPBC.


Se existe convergência da luta dos trabalhadores com a Petrobrás é pela boa ambiência e respeito às relações sindicais. Resolver os problemas no setor de SMS é importante para que os problemas da ambiência não interfiram no trabalho e consequentemente diretamente na segurança de todos na unidade.


Entendemos que a gerência de SMS da RPBC, ao tomar atitude  de desmontar todo Grupo 4, põe por terra a esperança de que a mudança do gerente do setor poderia ser algo bom para a refinaria.
Ao invés de resolver o problema com quem de fato tem causado transtornos na equipe, o gerente de SMS preferiu desfazer todo o corpo técnico de segurança do Grupo 4, preservando seu protegido e sinalizando para que mantenha sua postura assediadora e desrespeitosa com os trabalhadores.


O Sindipetro-LP repudia a ação do gerente de SMS da RPBC, que além de prejudicar mais ainda a ambiência que já estava ruim, desrespeitou as negociações que estavam ocorrendo com a entidade sindical, causada pela sua própria falta de competência em gerenciar conflitos no setor.