Jurídico e sindicatos esclarecem armadilhas e prejuízos a quem aderir ao PCR da Petrobrás

Seminário sobre Plano de Carreiras e Remunerações!

Na segunda-feira (16), o Sindipetro-LP realizou aos petroleiros do Litoral Paulista um seminário sobre uma nova proposta de Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) que, segundo a mesma, “(...) é um produto das Iniciativas Estratégicas da Petrobras, derivadas do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021. 

Para explicar sobre o PCR estiveram presentes os advogados Paulo Coelho e Matheus Martins, do jurídico do Sindipetro-LP, Julio Araújo, diretor do Sindipetro São José dos Campos e a advogada da entidade, Regiane Sgorlon. Pelo Sindipetro-LP, compuseram a mesa a diretora Fabíola Calefi e Péricles Augusto, que conduziu o seminário.   

Desde que foi apresentado o PCR, a diretoria do Sindipetro-LP e FNP tem indicado a rejeição ao plano, que se trata de uma orientação do SEST (Secretaria de Estatais), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, que recomenda um mínimo de cinco anos para concessão de nível automático por antiguidade que diz que as estatais devem ter apenas 1% de aumento ao ano em sua folha de pagamento.

O PCR já está disponível para adesão pelos trabalhadores do Sistema Petrobrás, no entanto, a Petrobrás não apresentou todos os detalhes do programa. “Tem gente assinando uma coisa que não sabe do que se trata totalmente. Ela não explica o que vai acontecer com a RMNR, o que vai acontecer com as pessoas que estão com ações de equiparação de salário, questão de níveis, dando respostas evasivas. O que a Petrobrás está fazendo é forçar a gente a assinar uma coisa que nem tem contrato”, explicou Fabíola Calefi, durante o seminário.

De acordo com o jurídico dos sindicatos, se o trabalhador aceitar o plano como está sendo apresentado, estará assinando uma carta em branco, abrindo mão de benefícios e garantias conquistadas no acordo coletivo. O PCR foi a forma que o governo Temer e a diretoria da Petrobrás encontraram para enquadrar o trabalhador de estatal nas novas regras da reforma trabalhista, estendendo de vez o tapete para a privatização da Petrobrás.

No vídeo abaixo, apresentamos um resumo do que foi o seminário e alguns argumentos contra a aceitação do plano, que não têm regras definidas:

Na sequência, assista o vídeo do seminário na integra: