Ato condena criminalização dos movimentos sociais e sindicais

Repressão, perseguição, demissão e mortes foram temas do Ato realizado ontem (30) pela Intersindical, na Praça Mauá. Apesar da chuva, cerca de 150 pessoas estiveram presentes no evento que lutou contra a criminalização dos movimentos sociais e sindicais. Além da manifestação, os sindicatos dos petroleiros e bancários iniciaram oficialmente a campanha salarial de suas bases.Os sindicatos que integram a Intersindical (Petroleiros, Bancários, Metalúrgicos e Servidores Municipais) protestaram contra vários exemplos deste tipo de criminalidade que vêm acontecendo na região. A mobilização também contou com a presença de movimentos sociais em defesa das mulheres e lideranças religiosas como o Padre Cláudio da Igreja São João Evangelista, em São Vicente.No ato foram lembrados episódios recentes de repressão contra trabalhadores. Metalúrgicos que lutavam por direitos no ambiente de trabalho, foram espancados pela polícia militar e seguranças privados da Cosipa. Bombas de lacrimogêneo, cassetetes e tiros de bala de borracha foram alguns dos instrumentos friamente utilizados pelos repressores.Por uma cruel coincidência foi comunicada ontem a ocorrência de mais um acidente fatal na área da Cosipa. Agora são três mortes em menos de dois meses, em razão da falta de segurança nos ambientes de trabalho dentro das indústrias.A manifestação contou com a participação de um grupo de teatro, além de faixas e banners exibindo imagens de repressão aos trabalhadores.Campanha Salarial - Apesar da Frente Nacional dos Petroleiros já ter protocolado junto à gerência de RH da Petrobrás a pauta de reivindicações da categoria, conhecida também como Pauta Histórica, até ontem (30), a FNP não havia recebido nenhum comunicado oficial sobre a reunião solicitada. A Frente solicitou que a empresa realizasse reuniões para tratar da manutenção da data-base e dos calendários de negociações do ACT 2007.