Sindipetro-LP participa de auditoria na P-66 para enquadramento da plataforma na NR-13

Garantia de paradas programadas pelo SPIE

Nos dias 7,8 e 9, o Sindipetro-LP participou da auditoria para alteração de perfil da plataforma P-66, na produção do pré-sal na Bacia de Santos desde 2017, para adequá-la à NR-13,  que rege as normas de inspeção de vasos de pressão, caldeiras e tubulações e que sofreu uma última alteração com a publicação da portaria 537 do Ministério de Desenvolvimento. A auditoria tem o objetivo de garantir para a unidade a extensão dos prazos de parada programada de forma segura e dentro de exigências cumpridas pelo Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE), que estabelece requisitos de inspeção, operação e manutenção, visando a segurança dos trabalhadores.

No Litoral Paulista a maioria dos ativos e unidades já estavam certificadas para conter o SPIE da NR-13, com exceção da plataforma P-66 na UO-BS e da Unidade de Tratamento de Diesel 2 da RPBC, sendo que o sindicato acompanha anualmente todas estas auditorias em parceria com a CIPA, levando os problemas oriundos de denúncias recebidas e riscos de acidentes não resolvidos.

A inspeção na plataforma foi acompanhada pelo representante do Sindipetro-LP, o diretor Marcelo Juvenal Vasco, que participou como observador na auditoria. Nos dois primeiros dias a auditoria verificou os equipamentos de processo e documentações a bordo da plataforma. O diretor do sindicato fez questão de ouvir os trabalhadores embarcados, sendo que a auditoria também fez entrevista com representante eleito da CIPA.

Durante a inspeção o Sindipetro-LP demonstrou preocupação com uma tubulação da bomba de água de serviços gerais, com vazamento na braçadeira que havia sido constatado desde que a plataforma estava no estaleiro.  Após essa observação, o Geplat apresentou aos auditores o cronograma de correção, onde constava em processo de compra o pedido de uma nova braçadeira para substituição, esta demanda será acompanhada pelo sindicato até que seja sanado o problema.

No terceiro dia, os auditores do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), órgão credenciados pelo Inmetro para essa finalidade, verificaram a documentação técnica na UO-BS, em Santos, em seguida houve a reunião de fechamento onde foi apresentada a análise aos gerentes da unidade, incluindo o gerente geral Osvaldo Kawakami  e o novo gerente da UO-BS, o GG João Ricardo Barusso Lafraia, que está assumindo a gerência do pré-sal.

Durante a reunião de fechamento, Juvenal disse que o sindicato compreende que o serviço próprio de inspeção de equipamentos é utilizado em função de benefícios para a empresa, mas também pode e deve servir para os trabalhadores e preservação do meio ambiente, pois a certificação ao SPIE fortalece o efetivo próprio da Petrobrás; Enfatizou  a preocupação com a corrosão em estado acelerado de  parafusos e porcas de diversos equipamentos principalmente nos flanges, tampas de permutadores, válvulas manuais e automatizadas, tampas de filtros, além de outros dispositivos que foram verificados durante a auditoria em alguns módulos de produção da P-66. Juvenal mencionou que embora esses equipamentos corroídos não estejam com a integridade prejudicada, o sindicato se preocupa pela rapidez que ocorreu em determinados módulos, o que deve ser objeto de atenção do SPIE. 

A gerencia informou que identificaram este problema e que tem um serviço de conservação dos parafusos e porcas da unidade feita pelos próprios operadores. Porém, o sindicato solicitou que fosse providenciado um plano de conservação dos equipamentos, que inclui a utilização de produto que reduz a ação das condições climáticas, utilizando mão de obra exclusiva para esse fim. A sugestão, além de garantir que concluam com rapidez a manutenção, evita que os operadores tenham que se revezar entre a operação e manutenção, o que não faz parte de suas atribuições. 

Uma nova auditoria está programada para março de 2019 e terá mais uma vez a participação do sindicato fazendo o devido acompanhamento das demandas.