Quarta-feira: Acompanhamento de ACT e Regime de Trabalho

Reunião com o RH

Nesta quarta-feira (19), a FNP iniciou o preâmbulo com crítica ao PCR, às punições e qualquer forma de pressão ou perseguição decorrente do exercício de opinião por crítica ao PCR feito por trabalhadores e trabalhadoras que estejam em atividade sindical. Nesta situação, citou os casos de Moara Zanetti, diretora do Sindipetro-RJ, e de Leonardo Auim, operador da Regap.

Segundo informações, Auim foi punido “em razão do abandono do posto de trabalho sem a devida rendição ou passagem de serviço para outro técnico de operação”, diz o comunicado que o trabalhador recebeu da administração da empresa.

De acordo com Leonardo, a Petrobrás tem grupos de contingência para assumir a operação da refinaria em caso de greve, mas orientou os trabalhadores que integram esses grupos a não adotarem a providência. O operador relata que permaneceu por 16 horas na refinaria. “Tenho colegas que ficaram 48 horas sem dormir, trabalhando sob condições de risco”, afirmou.

Críticas aos efeitos danosos do PCR continuaram. “O PCR vem para congelar salário”, afirmou diretor da FNP. Ele ainda ressalta que, assim, “em 2019 teremos de defender todo nosso ACT, a AMS, a Petros e nossos empregados.”

Representantes da FNP mais uma vez relataram o agravamento da situação da segurança, com seguidos casos de violência urbana.

Outro ponto levantado foi a inoperância do atendimento nos serviços de autoatendimento virtual aos empregados da Petrobrás como, por exemplo, em pedidos de reembolso. Os sindicatos da FNP acumulam uma série de reclamações e pedidos de ajuda de ativos e inativos.

A FNP também criticou demissões e questionou o caso do trabalhador Vinicius Giorgetti, que teve 11 anos de bons trabalhos e foi mandado embora por causa da retirada, por parte do petroleiro, de algumas cápsulas de café à disposição para consumo, durante um evento da NTS, no qual Vinicius participou.

No período, a direção da NTS fez queixa à direção da Transpetro contra o petroleiro. A Transpetro, buscando agradar o freguês, demitiu Vinicius sem nem lhe dar a chance de se defender.

Transpetro afirma que pediu segredo de justiça para proteger o empregado, no caso, “ex-empregado”.

Em seguida, o RH tentou esclarecer alguns pontos questionados pela FNP e desmentiu a existência de um novo PIDV para 2019.

Sobro o PCR, o RH afirmou que “foi uma decisão que a empresa tomou respaldada pela legislação, sem mais comentários” – disse o representante da Petrobrás.

Acesso à informação

Em resposta às críticas da FNP sobre as faltas de respostas e lentidões nos encaminhamentos solicitados, a empresa disse que não tem obrigação de responder todas as informações solicitadas pelas entidades sindicais: “Não há obrigatoriedade da lei que faça a empresa a responder a tudo que vocês perguntam”.

Plataformas

Durante a reunião, a FNP solicitou uma reunião com os responsáveis pelas áreas devidas para tratar especificamente sobre questões relacionadas às plataformas novas.

Segundo a FNP, atualmente, existem problemas de transportes e, principalmente, de assédio nas plataformas, além de outros.

Em contrapartida, o RH solicitou que a FNP prepare uma pauta e se comprometeu em agendar a reunião.

Acompanhamento de ACT e Regime de Trabalho

FNP solicitou a equiparação do ACT da Transpetro com o ACT da Petrobrás, sobre redução de jornada de trabalho e percepção do vale alimentação para os trabalhadores em regime administrativo das unidades da Transpetro.

Ainda na mesa, a FNP relatou problemas com a gerência da P-68, com relação a transferência unilateral por parte deles e solicita apuração dos fatos.

Outra questão abordada foi sobre a retirada de 15 técnicos do turno para o Administrativo, na UTGCA. Situação que preocupa a FNP.

No entanto, o RH afirmou que existe muito ruído na comunicação, que a situação na UTGCA foi averiguada e negaram, para o RH, as retiradas. “Deve haver alguma conversa atravessada aí. Vamos investigar!”, afirmaram representantes do RH.

Outro ponto debatido foi sobre o pagamento de adicional transporte para embarcados nas seguintes plataformas do Rio de Janeiro: P-74/P-75/P-76/P-77.

Botão Compartilhado

A FNP relatou reclamações sobre a ineficiência do Botão Compartilhado e reclamações sobre o atendimento demorado e não presencial no Benefício Educacional.

Por outro lado, o RH afirmou que, hoje, não existe demora no atendimento e alegou que pode ter sido alguma situação pontual. “Não é uma situação generalizada”, disse.

Sobre o Botão Compartilhado, a empresa disse que existiu problemas no início do ano, mas que, no momento, não existem reclamações. Informou também que o sistema está sendo ajustado e que vai analisar caso a caso sobre as demandas relatadas. “Para o futuro, o objetivo é criar um autoatendimento eficaz”, prometeu o representante da empresa.

Perseguição Política

Mais uma vez, a FNP cobrou, em mesa, uma resposta sobre o caso do petroleiro Wesley Bastos.

PLR

O Sindipetro-SJC e o Sindipetro-LP pleitearam que a empresa abra negociação sobre a PLR e aceite pagar o valor já definido por ela com um termo de quitação, ressalvando o que está sendo discutido na justiça para não prejudicar os trabalhadores.

Infelizmente, apesar da empresa saber que deve o pagamento, mais uma vez assumiu uma posição intransigente quanto ao tema. É a mesma gestão que ofereceu um abono de duas remunerações para implantar o famigerado PCR e pagou uma indenização bilionária para acionistas estrangeiros.

Punições na Regap

FNP denuncia punições a trabalhadores que não aderiram ao PCR e participaram da greve de maio.

Empresa diz que não há nenhum informe sobre a questão e que o caso não está sendo avaliado.