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Reunião com o RH

Na manhã desta quinta-feira (20), a FNP voltou a sentar com o RH para discutir terceirização.

A reunião começou com o preâmbulo, em que a FNP expões as condições precárias de trabalho dos terceirizados em diversas unidades da empresa, além de ressaltar a falta de capacitação adequada para estes trabalhadores atuarem nas áreas operacionais da Petrobrás.

A decisão neoliberal do STS, que autorização a terceirização irrestrita, alinhada com o PCR, que cria cargos genéricos na empresa, foram destaques na reunião, considerados como situação muito preocupante para o futuro, levando em conta os riscos que essa prática poderá causar na segurança dos trabalhadores.

A FNP também pontuou, com preocupação, a falta de exames periódicos nas refinarias.

No preâmbulo, mais uma vez, a FNP cobrou uma solução da empresa sobre a situação dos trabalhadores terceirizados do Terminal Alemoa, submetidos a condições mais precárias de trabalho.

A atuação das cooperativas nas unidades da empresa também foi alvo de crítica. Para representantes da FNP, elas atuam sem compromisso com a empresa e com a vida. “Isso precisa ser revisto”, declarou a Federação Nacional.

De acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os terceirizados recebem salários 24,7% menores que aqueles dos efetivos, permanecem no emprego pela metade do tempo, além de ter jornadas maiores.

No âmbito do RH, não existe nenhum estudo sobre aplicação da terceirização total na Petrobrás”. Representante da Transpetro afirmou que vai averiguar a situação no Terminal de Alemoa.

- Auditoria comportamental

Durante a reunião, a FNP cobrou capacitação dos gestores nas auditorias gerenciais que, segundo informações, têm causado terror e, consequentemente, desemprego dos terceirizados.

“As auditorias precisam ter caráter educativo e, hoje, com o fantasma do desemprego e da punição, tem causado uma cultura de omissão e do silêncio sobre os riscos, principalmente aos, já muito fragilizados, petroleiros terceirizados”, denunciou.

A empresa disse que a filosofia não é esta. Para o RH, o relato da FNP deve ser referente a alguma situação pontual. “A ideia da auditoria é de conscientização”, afirmou.

- Contrato de vigilantes

FNP denuncia, na mesa de negociação, a troca de contrato dos vigilantes, acompanhado pela redução de salário e de direitos trabalhistas. Empresas terceirizadas, em proposta de licitação para prestação de serviços, reduzem preços do contrato, utilizando a retirada de adicionais de risco para trabalhadores.

- Precarização

Terceirizados em condições de trabalho análogas às de escravo na Província de Urucu, na Amazônia, e na RPBC, em Cubatão, também foram denunciadas pela FNP.

- Periculosidade

Segundo a FNP, após a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, as empresas terceirizadas, que possuem contrato com a Petrobrás, suspenderam o pagamento de adicionais de risco. FNP cobra um posicionamento da empresa sobre a situação.

Empresa justifica que algumas empresas terceirizadas possuem entendimento diferenciado da Petrobrás sobre “periculosidade”.

- Plataformas

FNP questiona o porquê terceirizados embarcados em plataformas não tem direito ao acesso a telefones celulares e a internet, ao contrário dos funcionários efetivos da Petrobrás.

- Direitos Trabalhistas

“Motoristas contratados trabalham com baixo salário, elevada instabilidade nas relações de trabalho, no TABG, no Rio de Janeiro”, relatou FNP.

Representante da Transpetro solicitou receber a pauta para tentar averiguar a situação.

RH afirmou que entende o pleito da FNP, porém, não estabelece os salários dos terceirizados. “As terceirizadas não estão enquadradas no conceito de intramuros”, afirmou.

Fonte: FNP