Gerente da UTGCA, mais uma vez, impõe a lei do cão e tenta vetar direito dos trabalhadores em ir às urnas

Pacote de maldades

Mais uma vez, o gerente do ativo da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, impôs a “lei do cão” dentro da unidade. Dessa vez, o alvo foi o direito ao voto dos trabalhadores. O gerente emitiu uma orientação proibindo que os petroleiros deixassem a unidade para exercer seu direito democrático sob a justificativa de que no decorrer do dia eles deveriam estar exclusivamente à disposição da Petrobrás. Conforme a Constituição Federal, o voto é obrigatório para todos os brasileiros alfabetizados, maiores de 18 anos e menores de 70 anos.

Diante do fato, os dirigentes do Sindipetro-LP emitiram um ofício solicitando a liberação dos trabalhadores, mas foi em vão. O gerente se mostrou irredutível. O corpo jurídico do Sindipetro-LP foi acionado e emitiu uma denúncia crime, que foi protocolada, no dia 06 de outubro, no cartório eleitoral de Caraguatatuba, junto ao juiz eleitoral, informando o entrave e solicitando a liberação dos trabalhadores já que em outras unidades, do Sistema Petrobrás, não houve problema parecido.

Além disso, o ofício informava que a imposição do gerente também feria o Art. 297 do Código Eleitoral - Lei 4737/65 que trata sobre impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio. No dia 07 de outubro, o juiz eleitoral enviou a denúncia ao Ministério Público que emitiu o mandato, liberando os trabalhadores para exercerem seu direito ao voto. Os trabalhadores fizeram rodizio e a unidade não ficou “descoberta” derrubando os argumentos do chefete, que não se deu por vencido, e proibiu o uso do transporte da empresa. Os petroleiros tiveram que ir votar com carro próprio e fazer carona solidária para que todos pudessem ir às urnas.  A diretoria do Sindipetro esteve na unidade acompanhando o oficial de justiça, juntamente com a polícia militar, para acompanhar de perto o cumprimento do mandado.

É inadmissível que um gerente ache que está até acima da lei!  Há meses o Sindipetro-LP vem denunciando o perfil truculento da gerência, que em nada contribui para a segurança da unidade e para o ambiente de trabalho. A ditadura militar acabou na década de 1980, mas ao que parece alguns gestores da empresa se esqueceram disso. O cerceamento do direito ao voto é o ápice do absurdo que vem acontece dentro da UTGCA.