Em atraso na Refinaria de Cubatão (SP), petroleiros discutem resistência aos ataques de Bolsonaro

MOBILIZAÇÃO!

Na manhã desta terça-feira (30), o Sindipetro Litoral Paulista atrasou a entrada dos petroleiros da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão e da UTE Euzébio Rocha, no litoral de São Paulo.

A paralisação envolveu os trabalhadores diretos dos regimes de turno e administrativo. Para além da conversa sobre demandas específicas da categoria, como regramento da PLR, remuneração variável e Resolução 23, a principal razão para o atraso foi dialogar com a base sobre a vitória de Jair Bolsonaro, que em 2019 assume a Presidência da República.

A categoria petroleira, assim como suas direções sindicais, devem se preparar desde já para resistir aos ataques que certamente o autoritário e entreguista futuro presidente tentará aplicar.

Não bastasse todo o discurso de ódio, que se volta contra as minorias e os trabalhadores, Bolsonaro já sinaliza o aprofundamento das contrarreformas de Temer. Dentre elas, a reforma da previdência e as privatizações.

Aliás, nesta terça-feira (30) a grande imprensa já iniciou as especulações em torno do possível presidente da Petrobrás na gestão Bolsonaro. Roberto Castello Branco, economista que leciona na Fundação Getúlio Vargas, é o primeiro nome cotado.

Entre 2015 e 2016, Castello Branco foi membro do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria da estatal entre 2015 e 2016.

Caso se confirme seu nome, a categoria terá no posto máximo da companhia um declarado inimigo do maior patrimônio do país. Em 2 de junho de 2018, em artigo publicado na Folha de S. Paulo sob o título "É urgente a necessidade de se privatizar não só a Petrobras, mas outras estatais", ele deixou claro sua completa submissão aos interesses do mercado internacional.

Os tempos são de retrocessos e criminalização das lutas, mas com organização e unidade seremos resistência!