Petroleiros denunciam abusos e assédio da alta gestão da ISC nas unidades do Litoral Paulista

Falta capacitação

“A essência do conhecimento é, tendo-o, usá-lo”.  Nem todos os gestores de uma estrutura tão importante e tão estratégica, como o da Segurança Corporativa, estão comprometidos em aplicar seus conhecimentos. No Litoral Paulista, assim como em outras unidades irmãs, que relatam abusos semelhantes aos que vamos apresentar neste texto, os problemas parecem ter a mesma raiz. A resposta para alguns casos é simples: alguns gestores não possuem o conhecimento necessário para atuarem nessa área.

Em verdade, brincam a todo tempo com vidas, com a proteção das Unidades, com a ambiência, transparência, entre outros. Não sabem o que é fazer segurança. Não sabem investir em segurança. Não sabem desenvolver profissionais, estimulá-los e aperfeiçoá-los. Sabem apenas gerar problemas, sufocar as soluções, manipular indicadores, derrubar ambiência, travar processos de segurança, proibir cursos de formações, aperfeiçoamento, e dentre dezenas de outras coisas, desvirtuar o real trabalho da segurança corporativa com uma economia burra e prejudicial, que visa somente a autopromoção desses péssimos gestores.

Do pior ao péssimo
Definitivamente buscamos saber quais os motivos da antiga gerência Executiva da ISC em querer promover o “pior” em “péssimo”.  Não é novidade alguma para Petrobrás a quantidade de denúncias já feitas contra um dos seus gestores, que se imbuiu da lamentável missão de destruir ambiências, causar prejuízos à saúde dos petroleiros dessa estrutura, quer seja por assédios, pressões, imposições ou por intransigências e maldosas articulações que visam dizimar a Segurança Corporativa da Petrobrás.

Não há como admitir perpetuação de políticas de maldades, filosofias retrógradas de metodologia de ações e nem promoções de gestores por meio de economia agressiva e burra em cima dos trabalhadores.  Gerente bom não é aquele que se auto intitula “o melhor gerente de toda Petrobrás”, mas aquele que sabe lidar com pessoas, que reconhece seus erros e limites, aperfeiçoa suas competências, valoriza a saúde e a vida dos trabalhadores e transmite credibilidade à equipe e à Companhia por meio de RESPEITO, ÉTICA e TRANSPARÊNCIA nas ações.

Carrossel das denúncias
Denúncias partem de todos os lados. Dos petroleiros próprios, dos terceirizados, e inacreditavelmente até de diversos ex gerentes e coordenadores de todo Brasil. Recentemente, gestores da ISC decidiram sair de suas funções  gratificadas por não aceitarem e não aguentarem mais as ordens para assediar os petroleiros de várias formas. E por que não acabam os assédios? Porque ao invés de responsabilizarem os gestores que prejudicam os trabalhadores, algumas estruturas os promovem ao invés de substituí-los.

O sindicato tem denunciado e cobrado providências em reuniões regionais e com o corporativo no Rio de Janeiro, mas será que as denúncias dos trabalhadores contra esses malfeitos de gestão já foram apuradas? Pelo tanto de denuncias que ainda chegam ao sindicato, podemos supor que não.

Gestão da ISC na UTGCA
Na UTGCA, a alta gestão da ISC extrapolou.  Mudou a escala de turno da segurança patrimonial na Unidade, de 12 para oito horas, de forma arbitrária, abrupta e unilateralmente, mexendo com a vida pessoal e laboral de todos os petroleiros da Segurança orgânica na planta. Também vem proibindo a dobra de turno remunerada quando necessário, deixando a Unidade sem petroleiro da Segurança, o que coloca todos em iminente perigo. 

Agora é assim?  Um gestor assume uma gerência de alto escalão na ISC e decide ser o dono da Petrobrás? Em pleno 2019, é inaceitável a postura de gestores despreparados que sem diálogo e com intransigência decidem tratar os iguais de forma desigual.  O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista denunciará todo e qualquer tratamento desigual, vexatório e humilhante.     

A intransigência do gestor da alta cúpula da ISC interfere de tal maneira nas operações das plantas no sistema Petrobrás que as mudanças feitas estão em fase de estudo para devidas constatações e providências.

Transpetro Alemoa
A mesma atual alta gestão da ISC e a alta gestão da Segurança da Transpetro estão assumindo sérios riscos à unidade e aos Petroleiros próprios e terceirizados da planta. Deixaram a Unidade Transpetro Alemoa com apenas dois turnos dos cinco que existiam. É alarmante e preocupante.

Para quem não lembra, foi a Transpetro que exigiu da Petrobrás em 2017 a transferência compulsória de três Inspetores de Segurança para trabalhar na Alemoa. Teriam sido essas mudanças necessárias, ou foram mais um caso de assédio em forma de transferências? Para nós foi assédio, pois nada na rotina de trabalho mudou que justificaria tais transferências.  

Senhores gestores da Transpetro, cadê os petroleiros para compor os outros três grupos de turno? Segurança se faz com segurança e não com aventuras!

Hora de Formatar, resetar, restaurar os princípios da segurança corporativa, com mais respeito, transparência e responsabilidade.

Malfeitos praticados pela atual alta gestão da ISC
São muitas as denúncias contra a atual gestão da ISC. Comparadas a outros períodos e gestões passadas, está e a gestão que tem se mostrado a mais nociva e prejudicial para a Petrobrás e seus trabalhadores, pelo que segue:

1) Gestão com menor transparência e diálogo com o trabalhador;
2) Gestão com o maior índice de incidência de ambiência negativa na história da segurança patrimonial; 
3) Gestão com a maior quantidade de denúncias por assédio e perseguições na última década; 
4) Gestão com o maior sucateamento já feito na área de segurança patrimonial;
5) Gestão pioneira em reduzir alarmantemente o quadro mínimo  de turno da segurança orgânica no Sistema Petrobrás;
6) Gestão com maior ineficiência nos contratos da segurança patrimonial;
7) Gestão pioneira na redução salarial de petroleiros terceirizados;
8) Gestão pioneira em atrasar e não pagar salários de petroleiros terceirizados;
9) Gestão pioneira em  terceirizar os  núcleos de inteligência em monitoramento de câmeras da Petrobrás, por onde passam as informações mais sensíveis;
10) Gestão com maior quantidade de desmobilizações de postos de trabalho na área da segurança patrimonial na última década;
11) Gestão com maior quantidade de transferências arbitrárias e compulsórias de petroleiros;
12) Gestão que mais colocou em risco as atividades das plantas por não preencherem os turnos da segurança patrimonial, como é o caso da  Transpetros  Alemoa e outras Unidades do Sistema Petrobrás;
13) Gestão que mais desarmou a segurança orgânica da Petrobrás;
14) Gestão que mais retirou a operacionalidade ostensiva da segurança patrimonial;
15) Gestão pioneira em retirar todos cursos de aperfeiçoamento ostensivo dos membros da segurança da Petrobrás, tais como cursos de defesa pessoal, técnicas de imobilização, armamento e tiro,  técnicas de abordagem e patrulha, condução de detidos,  gerenciamento de crise, entre outros;
16) Gerência que menos investiu em inteligência corporativa;
17) Gestão que mais vem prejudicando a saúde mental e laboral do petroleiro da segurança;  18) Gestão que mais teve gerentes e coordenadores pedindo pra sair da função gratificada por não concordarem com a política do assédio, pressão, desvalorização da carreira, intolerância e a falta de treinamentos  ostensivos e preventivos da  equipe de segurança, entre outros.

O Sindipetro Litoral Paulista não vai parar de denunciar, agir e proteger o trabalhador contra esse tipo de modelo agressivo, assediador e maldoso. Gestão se faz junto com o trabalhador, e não contra ele.  A categoria merece respeito, transparência e garantias de proteção a saúde e uma efetiva segurança.  Petroleiros em luta, juntos somos mais fortes!