Atrasos dão continuidade à mobilização da categoria contra privatizações e outros ataques aos trabalhadores

RPBC e Alemoa

A semana dos petroleiros das bases do Sindipetro-LP começou com atrasos nas unidades de abrangência do sindicato. Na terça-feira (12) a mobilização foi na RPBC, para conversar com o pessoal do turno e administrativo (ADM) sobre a elaboração do acordo coletivo, proposta alternativa ao Plano Petros 3, resoluções do III Congresso Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Coupesp), problemas de vazamento de gases tóxicos no laboratório da RPBC, Assistência Funerária da Osan, entre outras pautas.

Nesta quarta-feira (13) a mobilização foi no terminal Transpetro Alemoa, em Santos. A chuva que caiu durante a manhã mudou os planos da diretoria do Sindipetro-LP, que pretendia parar além do turno e ADM, os terceirizados, que foram liberados após o café servido pelo sindicato. A participação dos terceirizados seria em sinal de protesto, pois segundo denúncias, empresas terceirizadas estão impondo que os trabalhadores escolham entre receber o Vale Alimentação ou receber a alimentação no refeitório da unidade. “Tem até um contêiner aí dentro para os terceirizados almoçarem. Nós, trabalhadores próprios, não podemos permitir esse tipo de situação. Hoje são algumas empresas, amanhã outras vão se sentir no direito de impor o mesmo para os trabalhadores, que já estão sendo recontratados com reduções salariais de até 50%”, emendou o diretor Fabio Mello aos petroleiros.

A diretoria do Sindipetro-LP tem preparado a categoria para o embate cada vez mais certo que terá que travar contra a privatização da Petrobrás. Na segunda-feira (11), o Tribunal Superior do Trabalho decidiu que greves contra privatizações sejam consideradas abusivas, permitindo com isso que as empresas descontem dos trabalhadores os dias paralisados. De acordo com Ives Gandra, ministro que deu o primeiro voto contrário ao texto do relator, favorável aos trabalhadores, greves com esse viés teriam motivações políticas, não trabalhistas. “Não vamos nos furtar de seguir o que a categoria decidir em assembleia para defender a Petrobrás e a garantia de nossos empregos”, concluiu o coordenador, Adaedson Costa.

RPBC - 12/02/2019

Alemoa - 13/02/2019