Sindicato cobra da Transpetro respostas sobre redução de efetivo, novo padrão de transporte e alimentação dos terceirizados nos terminais

Em reunião, no Rio de Janeiro

A diretoria do Sindipetro-LP participou de reunião com a gerência da Transpetro, nesta quinta-feira (28), na sede da empresa, no Rio de Janeiro, para tratar dos cortes de postos de trabalho nos terminais Alemoa, em Santos, no Tebar, em São Sebastião e sobre a alimentação dos terceirizados, que estão se alimentando de marmita no terminal. Enquanto a reunião acontecia, a força de trabalho da Alemoa realizava o segundo dia de protestos, cortando a rendição do turno.

Na Alemoa, a redução do quadro operacional do painel de quatro operadores para três foi feita de forma intempestiva, sem respeitar os padrões de gestão de mudanças da própria Transpetro. Outra unidade da empresa com problemas é Pilões, em Cubatão, cujo trabalho solitário da operação em alguns turnos aumentam os riscos de acidentes e diminui uma resposta rápida em caso de emergência. No Tebar a empresa aplicou alterações na operação sem estudos que as justifiquem.  

Durante a reunião o Sindipetro-LP exigiu que o terminal apresentasse os estudos técnicos que dizem ter e que justificariam a redução do efetivo sem impactar na segurança, tal como exigidos nas NR’s 15, 17, 20, 23 e 24. Para a diretoria, ficou claro que o terminal não tem estudo algum.

Novo padrão de Transporte
A diretoria do Sindipetro-LP pediu explicações sobre novo padrão apresentado pela empresa, na semana passada, à força de trabalho, que permitiria a extinção do serviço de transporte para os trabalhadores dos terminais. Na Alemoa, por exemplo, é de conhecimento de todos que a localização do terminal é em área portuária, cercada por empresas do mesmo porte e que armazenam milhões de litros e metros cúbicos de produtos químicos e inflamáveis. No local sequer passa ônibus.

A gerência da Transpetro pediu tempo para explicar o novo procedimento e avaliar se houve um mal entendido quanto à redação. A diretoria deixou claro que não aceitará a retirada do transporte.

Alimentação dos terceirizados
Durante a reunião foi exigido o retorno da alimentação no refeitório para toda força de trabalho. Atualmente a alimentação dos terceirizados é feita com marmitas, sendo que muitas empresas nem as fornecem, colocando em risco a segurança alimentar dos trabalhadores. 

No vídeo, os diretores Adaedson Costa e Fabio Mello fazem um resumo do que foi discutido durante a reunião com a gerência da Transpetro.