“Ditadura, Nunca Mais!” – 55 anos do Golpe Militar no Brasil. Evento relembra os 21 anos de chumbo no país

É hoje, na Unifesp Silva Jardim

Nesta segunda-feira (1) o Centro de Educação em Direitos Humanos (CEDH) promove na Unifesp Baixada Santista, Unidade Silva Jardim o evento “Ditadura, Nunca Mais!” – 55 anos do Golpe Militar no Brasil.

O evento começa às 17h30, no saguão central da unidade Silva Jardim. O endereço da unidade é Rua Silva Jardim, 136, Vila Mathias, Santos.

A atividade, que pretende relembrar os anos de Ditadura no Brasil, terá como palestrantes a ex presa política e professora na Unifesp Baixada Santista, Ana Maria Estêvão, Dida Dias, do coletivo Maria Vai com as outras, Mauro Iasi, professor da Unifesp Baixada Santista, Maurício Valente, do Fórum social permanente da Baixada Santista e José Luiz Baeta, do Comitê Popular de Santos pela Memória, Justiça e verdade.

O momento é de reunir as pessoas em torno do tema e mostrar as atrocidades cometidas durante o regime ditatorial militar, que durou 21 anos no Brasil e que oficialmente deixou 434 pessoas mortas ou desaparecidas. As fontes usadas para chegar a esse número são documentos do exército brasileiro, DOI-CODI e relatos de presos políticos e militares, organizados no relatório final da Comissão da Verdade, entregue em dezembro de 2014.

De acordo com o documento, que tem mais de 4 mil páginas, 377 pessoas foram apontadas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.

A Comissão da Verdade não possuía caráter punitivo, mas o relatório final recomendou 29 medidas para evitar novas violações de direitos humanos, dentre eles pautas que vão de encontro ao que defende o governo Bolsonaro, tais como: proibição da realização de eventos oficiais em comemoração ao golpe militar de 1964; criação de mecanismos de prevenção e combate à tortura; desmilitarização das polícias militares estaduais, dentre outros.

Assista abaixo o documentário "Nau Insensata", produção regional feita pelo Instituto Querô que fala sobre o navio-prisão Raul Soares, para onde eram levados presos políticos. O documentário foi vencedor do Curta Santos em 2015