Em reunião com gerente de plataformas da UO-BS, Sindipetro-LP denúncia assédios e cobra pendências anteriores

No último dia 29 a diretoria do Sindipetro-LP se reuniu com o gerente de plataforma da UO-BS para tratar de demandas dos petroleiros embarcados.

Devido às inúmeras reclamações da força de trabalho, principalmente offshore, sobre erros em lançamento de Horas Extras (HE) das unidades operacionais da UO-BS, a diretoria solicitou informações sobre as melhorias que estão sendo implementadas para correção.

A gerência fez uma apresentação do projeto para melhoria na sistemática de frequência e lançamento de hora extra das unidades. De acordo com o gerente, as informações estão sendo niveladas entre SAP e a Administração de Plataformas da Petrobrás (APLAT).

O sindicato apresentou outros problemas relacionados ao não pagamento de HE, devido a não lançamento pelo pessoal de apoio. A diretoria irá levar para as demandas para a comissões de ACT, denunciando a precarização da terceirização no setor de GP (antigo RH), que devido a rotatividade do pessoal o trabalho nunca é prestado como deveria. Para o sindicato, a atividade deve ser feita por funcionários próprios Petrobrás.

Lembramos ao gerente de plataforma da Petrobrás que a exigência de marcação de ponto é Lei e é obrigatória para todos os empregados. A empresa está deliberadamente demorando em efetivar uma solução, sendo que região do Rio Grande do Norte/Ceará (RN-CE) a sistemática apresentada já esta em uso há anos. Segundo a gerência de plataforma, o prazo de conclusão dos trabalhos, que deveria ser entregue em agosto, ficou prejudicado devido a ida do gerente ao Rio de Janeiro por três meses. Assim, o prazo foi estendido para novembro de 2019.

O funcionário de Serviço Social da UO-BS esteve presente na reunião e foi indagado sobre como está sendo operacionalizado, com apoio logístico etc, quando ocorrem situações de desembarque por falecimento. Segundo informou, o telefone atrás do crachá (13) 3249-1066 deve ser usado nessas situações. O sindicato cobrou ampla divulgação do canal à força de trabalho.

A diretoria perguntou se a cartilha de frequência da UO-BS foi atualizada, abordando o apontamento correto sobre o retorno de férias (RF), que está recebendo tratamento incorreto por parte das gerências. O sindicato foi informado que as gerências foram orientadas a cumprir o acordo coletivo vigente, que diz que caso o funcionário não tenha trabalho ou treinamento na base os dias devem ser neutralizados.  A previsão de revisão da cartilha de frequência é até o fim de maio 2019.

Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS)
A diretoria voltou a relatar a falta de pagamento de HE aos técnicos e enfermeiros, quando realizam atendimento fora do horário (das 19h as 7h). Os profissionais também relatam a falta de retorno de solicitações dos médicos, que precisam atestar o atendimento. Para a gerência do setor de SMS da Petrobrás, as horas validadas estão sendo pagas, porém identificou alguns casos que serão esclarecidos.

A diretoria cobrou a instalação de fibra ótica para comunicação com a plataforma de Merluza, que ficou sem comunicação por quatro dias. Durante esse período, uma pessoa passou mal e o diagnóstico ficou prejudicado pela falha de comunicação da telemedicina. O GG das plataformas já havia autorizado a instalação da fibra ótica, que não existe em nenhuma embarcação da UO-BS, mas até o momento nenhuma data foi estipulada para instalação. Sem resposta sobre essa demanda, a gerência de SMS ficou de retornar esse assunto na próxima reunião.

A delegação do Litoral Paulista cobrou o pagamento de auxílio almoço para colabores que estão atuando no PMB em terra e que continuam não recebendo corretamente. A gerência informou que todas as pendências serão pagas até o fim de maio. Também informaram que foi alterada a sistemática do e-social, eliminando a exigência de DIP pelo GG e o prazo de recebimento pelos empregados será em até quatro dias uteis, sem exigência de nova cobrança pelas pessoas.

Mudança de escalas sem negociação com o trabalhador
Continuamos recebendo denúncia dos colaboradores sob responsabilidade do Coman e do Coprod de que as escalas estão sendo alteradas sem negociação com o funcionário. A resposta foi que os acertos de escala são devido à mudança de pessoas. Exigimos que a negociação de alteração seja negociada entre coordenador e colaborador. A solicitação será reforçada pela gerência à coordenação.

Plataforma de Mexilhão: definição do horário dos inícios dos trabalhos das contratadas
Na reunião do dia 25 de março a gerência definiu que os trabalhos das contratadas começariam a partir das 7h. Porém, poucos dias depois, um fiscal do ISUP retornou o horário para as 6h. A operação solicita que retornem o horário para às 7h, pois antes disso há a passagem de serviço, o que acarreta tumulto na sala de operação.

A gerência informou que está estudando uma forma melhor de atender os trabalhos sem impactar na troca de turno. O Sindipetro-LP fez um adendo sobre a possibilidade de ocorrer acidentes devido ao operador liberar uma PT no fim do turno, fazendo com que seu substituto assuma a partir daí. Apesar de ser permitido na norma, as PT’s estão sendo emitidas entre 6h 15 e 6h45, sendo que a troca de turno ocorre entre 06:50 e 07:10h. A gerência ainda informou que o Diálogo Diário de Segurança (DDS) das terceirizadas termina as 06h30. O sindicato questionou por que colocavam vários serviços entre 6h15 e 6h30, se não existe mão de obra disponível no horário para atender.

Assédio a terceirizados da PMLZ
A diretoria do Sindipetro-LP denunciou que um fiscal da Petrobrás vem assediando os empregados da empresa Gran IHC na Plataforma de Merluza. O fiscal tem exigido mais rapidez nas atividades da equipe, que mesmo sem ganhar HE sempre se coloca a disposição. O petroleiro chegou a solicitar via RDO suspensão de 50% das diárias desses contratados, e segundo denúncias dos trabalhadores, tentou impor execução de serviços sem permissão de trabalho (PT), o que foi negado pelo encarregado da empresa. A equipe de operação da unidade denunciou esses desmandos, porém o assunto não foi adiante por intervenção do gerente setorial de operação da plataforma (Edisa). O sindicato solicitou esclarecimentos tendo em vista os procedimentos desconformes com as "regras de ouro" da empresa. O gerente Setorial disse que não tinha conhecimento de todos os fatos apresentados, mas ficou de apurar para responder na próxima reunião.

Por pouco não faltou comida em Merluza
Aconteceu na plataforma de Merluza de por pouco os trabalhadores da unidade não ficarem sem ter o que comer. Essa situação foi gerada por dois erros: de logística, na programação dos barcos que atendem a plataforma, estendendo o prazo para abastecimento do rancho; houve corte no estoque dos alimentos por parte do preposto da Norsul, empresa de hotelaria da plataforma. Se esses dois fatores, acrescido das más condições de mar tivessem acontecido nos dias 07 e 08 desse mês, datas em que se previa acabar o estoque de alimentos racionados pelo preposto da Norsul, causariam transtorno aos embarcados, pois os mantimentos para preparo das refeições não seria suficiente para além do almoço do dia 08. Nos dias anteriores à data limite para abastecimento se sentia a pouca oferta de frutas e afins, e com a informação de atraso da embarcação do rancho o pessoal de bordo passou a imaginar como seria uma dieta forçada. Felizmente o clima colaborou, os trabalhadores não chegaram a vivenciar isso, porém fica clara a necessidade de reavaliação da medida que reduziu o estoque de mantimentos. Causar esse nível de estresse em trabalhadores confinados numa plataforma, além dos riscos de deixá-los sem alimentos por erros de logística e contenção de custos, não paga a economia gerada..

Planejamento de Manutenção na Base (PMB) 
A diretoria questionou que o pessoal da PMB foi alocado no horário fixo, sendo proibidos de flexibilizarem o horário, como faziam desde o início das operações. A gerência das plataformas reforçou que o horário pode ser realizado como sempre foi, respeitando o trabalho de oito horas diárias.

Fornecimento de transporte ou auxílio transporte
A diretoria cobrou o fornecimento de transporte ou auxílio transporte para deslocamento até o aeroporto e vice versa nos dias de embarque/desembarque, nos mesmos moldes do auxílio concedido na Bacia de Campos para os residentes do Rio de Janeiro. A gerência informou que o pessoal que mora no Rio de Janeiro não tem direito a ajuda de custo ou auxílio transporte.  A demanda será levada para a comissão de ACT debater com o corporativo da Petrobrás.

Todas as demandas que ficaram pendentes de respostas ou que forem de responsabilidade do corporativo serão levadas para as próximas reuniões de acompanhamento de ACT. Nesta semana a diretoria do Sindipetro-LP está em reunião com a empresa, onde colocará em pauta alguns pontos sem resposta na reunião setorial.

Reforçamos a importância da participação dos trabalhadores embarcados para que os problemas nas plataformas sejam resolvidos e os assédios combatidos. Denuncie as irregularidades que presenciar para o sindicato. Para isso, o Sindipetro-LP mantém semanalmente no aeroporto de Jacarepaguá diretores de plantão.

Quem preferir pode ainda contatar a diretoria do Sindipetro-LP nos números disponíveis no link (clique aqui)