10 razões para o petroleiro rejeitar a proposta da Petrobrás e parar na greve geral

Nesta terça, Assembleia!

Nesta terça-feira (4), petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista votam, em assembleia geral, a 1ª proposta de acordo coletivo da Petrobrás e a incorporação da categoria na greve geral de 14 de junho - convocada pelas centrais sindicais contra a reforma da previdência.

Sobram motivos para o petroleiro dar especial atenção à assembleia, comparecendo à sede e subsede do Sindicato, a partir das 17h30 (em 1ª chamada). O mesmo vale para os petroleiros que, por conta do regime de trabalho, participarão das votações nas plataformas e unidades operacionais.
 

Estão em jogo os direitos da categoria, a privatização da Petrobrás, a criminalização dos lutadores e sindicatos e, não menos importante, a aprovação de uma reforma que ameaça o acesso da classe trabalhadora à aposentadoria com o desmonte da previdência pública.

Abaixo, listamos 10 razões para o petroleiro rejeitar a proposta e cruzar os braços no dia 14:

1. A empresa propõe reajuste zero no salário base e na assistência alimentar, tentando ainda reduzir o valor da hora extra para 50% e excluir a hora extra para a troca de turno;

2. Promoção por antiguidade de pleno para sênior dos cargos de nível médio não existirá mais;

3. Não garante manutenção do ACT vigente e nem sua renovação enquanto não for assinado um novo acordo, o que deixa a categoria exposta às normas da CLT, cujos direitos são rebaixados quando comparados ao nosso ACT;

4. Não há garantia de pleno emprego, conforme reivindica a FNP através da extinção e alteração das cláusulas (41 e 42, respectivamente) que abrem margem para dispensas sem justa causa. Com isso, porteira aberta para demissões em massa se refinarias forem vendidas;

5. Mantém política de criminalização do movimento sindical, ao impor às entidades o custo integral dos dirigentes liberados e ao se recusar a inserir no ACT cláusula que garanta o desconto da contribuição sindical dos associados no contracheque;

6. Pela proposta, programa Jovem Universitário é encerrado, a AMS passa a ter custeio de 50x50 até 2022 e 25 cláusulas do atual acordo são excluídas. Não é simplificação, é destruição; 7. Objetivo é facilitar privatização da empresa com retirada brutal de direitos;

7. Diante de tantos ataques, construir e participar da greve geral é uma necessidade. Sem um forte 14 de junho, nossa luta será muito mais difícil. Por outro lado, se tivermos uma vitoriosa greve geral, entramos muito mais fortes em nossa campanha reivindicatória;

8. A pauta da greve geral, que é a reforma da previdência, é um dos mais graves ataques do governo aos trabalhadores e ao povo pobre, pois impõe à parcela mais vulnerável da população mais tempo de trabalho e benefícios menores (leia o boletim do Fórum em Defesa das Aposentadorias).

9. A meta obsessiva de Paulo Guedes, superministro de economia, é a cifra de R$ 1 trilhão. Pois bem, com as mudanças no Regime Geral de Previdência (RGPS), dos trabalhadores do setor privado, a economia gerada em 10 anos está estimada em R$ 807,9 bilhões. Mas é justamente neste setor onde o valor médio das aposentadorias é de apenas R$ 1.600,00 e o teto não ultrapassa a casa dos 5 mil. Ou seja, não há combate aos privilégios.
 
10. Conclusão. Com a alegação de que a Petrobrás está quebrada, vende-se ativos a preço de banana para beneficiar as multinacionais do petróleo. Com a alegação de que há um rombo na previdência, é inserida na reforma um novo regime de previdência (capitalização) que beneficia os bancos. A intenção é destruir o que resta de direitos sociais e de soberania nacional para o mercado privado internacional. Por isso, precisamos rejeitar a proposta da empresa e nos somar à greve geral.

Estudantes e professores, que construíram os gigantes e vitoriosos atos em defesa da educação nos dias 15 e 30 de maio, mostram o caminho: é preciso lutar, é possível resistir! Com a unidade de estudantes e trabalhadores, ocupando as ruas e parando os locais de trabalho, podemos barrar os cortes na educação, a venda das refinarias, a destruição de nossos direitos e a reforma da previdência!