A luta não para
Na noite da última segunda-feira (3), estudantes e trabalhadores realizaram a 1ª reunião preparatória para construir a Greve Geral na Baixada Santista. O encontro, que aconteceu na sede do Sindipetro-LP, em Santos, foi muito representativo e contou com a participação de mais de 50 pessoas.
Além da participação de representantes de diversas entidades sindicais e estudantis, como sindicatos de petroleiros, portuários, bancários, servidores de Santos, Apeoesp, União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Santos (UMESS) e DCE Unifesp, a reunião também contou com a presença de trabalhadores e estudantes que se engajaram espontaneamente nos vitoriosos e massivos atos em defesa da educação nos dias 15 e 30 de maio.
A principal resolução foi a construção de um calendário de panfletagens ao longo da semana, para expor à população os impactos da reforma da previdência e explicar que o país vai parar no dia 14 de junho. Também foram debatidos outros detalhes, como a definição do local e horário do ato unificado, assim como a organização de piquetes nas primeiras horas da manhã.
As sugestões apresentadas serão encaminhadas à próxima reunião entre estudantes e trabalhadores, que acontece no próximo dia 10, em Santos, às 19 horas, na sede do Sindaport (R. Júlio Conceição, 91). No dia 11, conforme divulgado pelo Conselho Sindical da região, diversos sindicatos realizam assembleias para definir a adesão à greve e no dia 12, às 10 horas na sede do Sindicato dos Bancários, dirigente sindicais concedem entrevista coletiva à imprensa e, logo depois, fecham os últimos detalhes.
Nesta terça-feira (4), petroleiros votam em Assembleia a adesão à greve. No dia 6, será a vez dos servidores de Santos decidirem se param no dia 14 de junho. A direção sindical dos rodoviários já anunciou que os ônibus da Baixada Santista vão parar. O anúncio foi feito no último dia 27 de maio, em reunião no Sindicato dos Metroviários, em São Paulo, pela Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do estado de São Paulo (Fttresp).
Diante do consenso geral de que os atos em defesa da educação foram vitoriosos, a avaliação é de que há condição de se construir na região uma greve geral semelhante ou até mesmo superior à realizada em 2017. E par isso, contribuem dois fatos: a confirmação de que os rodoviários irão parar e a união entre estudantes e trabalhadores, que foi o ponto alto das manifestações dos dias 15 e 30 de maio em Santos.
Está cada vez mais claro que a defesa de uma educação pública de qualidade e de uma previdência social que garanta aposentadoria digna são reivindicações inseparáveis e parte da mesma luta. O desafio, agora, é canalizar toda a disposição de luta já demonstrada nas ruas em mais mobilização no dia 14 de junho.
Abaixo, confira o calendário de panfletagens
5 de Junho, quarta-feira
Panfletagem às 17 horas, na Catraia de Santos (ao lado do Bom Prato, próximo à Unifesp SJ)
6 de Junho, quinta-feira
Panfletagem às 7h30, no CAMPS Santos (Av. Washington Luiz, 2 - Vila Matias, Santos); às 12 horas, panfletagem no SENAI Santos (Av. Senador Feijó, 421 - Vila Nova, Santos); com horário ainda pendente, Fatec e Etec de Santos (Av. Dr. Epitácio Pessoa, 466 - Aparecida, Santos)
7 de Junho, sexta-feira
Panfletagem às 17 horas, na Igreja Matriz de Cubatão; às 17 horas, panfletagem no Terminal Rodoviário de de Santos
Evento no facebook com informações sobre a greve geral na Baixada Santista
https://www.facebook.com/events/2184048191694300