ACT
Em nova rodada de negociação, FNP e FUP também criticam programa de remuneração variável que descumpre ACT utilizando metas de segurança
Diretores da FNP e da FUP já estão no Rio de Janeiro para participar de nova rodada de reunião com a Petrobrás e dar continuidade às negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Iniciada nesta segunda-feira (01), a primeira reunião desta semana foi marcada, mais uma vez, por críticas ao Programa de Remuneração Variável dos Empregados (PRVE). As federações cobraram a suspensão imediata PRVE), que viola o Acordo Coletivo de Trabalho e acelera a privatização da empresa.
Durante a reunião, FNP e FUP relembraram aos representantes do departamento de Gestão de Pessoas (GP) a Cláusula 77, no Parágrafo 9º, do ACT 2017/19, que é clara: “A Companhia compromete-se a não vincular concessão de vantagens à redução de acidentes, bem como a não incluir meta de acidentes no GD dos empregados”. Portanto, o PRVE descumpre o Acordo Coletivo, ao vincular o bônus a indicadores de SMS.
Parece que para cumprir as metas da gestão, vale tudo, inclusive atropelar normas de segurança e trabalhar doente e com dor. “O objetivo do PRVE é premiar os que contribuem para o desmonte da Petrobrás e tentar calar a boca dos que ousam resistir à privatização”, denunciaram FNP e FUP.
As federações também deixaram claro que as práticas políticas do atual presidente da empresa, então Castello Branco, estão destruindo qualquer possibilidade de uma governança que traga alguma melhoria para o povo brasileiro. Não possui projeto de nação nenhum e mostra comportamentos indignos do cargo que ocupa.
“Alguém aqui nessa mesa acredita que Castello Branco veio pra fortalecer a Petrobrás?”, questionaram. “É só olhar o histórico de vida dele. Ele não acredita no Estado como indutor do desenvolvimento nacional”, ressaltaram.
Assim, a sensação que se tem, é o propósito de conduzir o país aos moldes pré-modernos, congelar o parque industrial, um dos mais avançados dos países em desenvolvimento, privatizar o mais possível tudo e tudo, a ponto de o ministro da Fazenda, despudoradamente dizer a investidores em Dallas que até o palácio do Planalto poderia ser privatizado e o BB fusionado com Bank of América.
Mais do que urgente, é essencial que todos os petroleiros e petroleiras reajam para evitar o desmonte da companhia. Vai ter greve!
Fonte: FNP