Atos sacudiram país
Estudantes, professores e trabalhadores de diversos setores, com o apoio dos movimentos sociais, sindicatos e organizações políticas, saíram às ruas na última terça-feira (13) em todo o Brasil em defesa da educação pública. Somada à denúncia dos cortes que vão do ensino básico ao ensino superior, os protestos também tiveram como alvo a reforma da previdência e o conjunto de ataques aos trabalhadores e à soberania nacional.
Nacionalmente, repetindo o envolvimento nos atos de 15 e 30 de maio, os petroleiros se engajaram neste dia de protestos. Na Baixada Santista e Litoral Norte, regiões onde o Sindipetro-LP atua, a categoria se fez presente e pautou a defesa do pré-sal e da Petrobrás como patrimônios nacionais, que devem estar a serviço do desenvolvimento econômico e social do país.
No Litoral Norte, petroleiras e petroleiros da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA) atrasaram o início do expediente. Além de pautar a defesa da educação, a paralisação também serviu para seguir mobilizando a categoria por um acordo coletivo digno e pela anulação da punição arbitrária ao técnico de operação e diretor do Sindipetro-LP, Tiago Nicolini.
Confira trecho do atraso realizado na UTGCA
Às 16h, os movimentos sociais, alunos, professores e trabalhadores de diversas áreas realizaram Ato Público (imagem abaixo) em frente ao Instituto Federal de São Paulo - campus Caraguatatuba.
Em Santos, mesmo debaixo de chuva, o 13A levou cerca de 500 pessoas à Estação Cidadania, ponto de encontro dos manifestantes. Após bloquear uma das vias da Av. Ana Costa, o ato foi encerrado na Praça das Bandeiras, repetindo o percurso dos protestos dos dias 15 e 30 de maio, assim como em 14 de junho.
Confira a intervenção do diretor do Sindipetro-LP, Fábio Mello
As principais medidas da gestão Bolsonaro, em sete meses de governo, caminham para o aprofundamento das desigualdades sociais e para a elevação do lucro das grandes empresas à custa do sofrimento da população mais pobre e da classe trabalhadora.
O desmonte da educação por meio dos cortes e projeto Future-se é uma ameaça às futuras gerações; a reforma da previdência acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros e obriga milhões a trabalhar mais e receber menos; a reforma trabalhista, somada agora à MP da Liberdade Econômica, aumenta a exploração sobre a classe trabalhadora; e a entrega do pré-sal, com a privatização da Petrobrás, faz do país novamente uma mera colônia das multinacionais.
Não há outra saída senão ocupar as ruas. Este foi o recado que estudantes e trabalhadores deram ontem em todo o país.