Trabalhadores dos Correios deflagram greve por direitos e contra privatização

Mobilização nacional

Os trabalhadores dos Correios de todo o país aprovaram greve nacional e unificada, por tempo indeterminado, em assembleias realizadas na última quarta-feira (11).

A motivação é a recusa da direção dos Correios em negociar um novo Acordo Coletivo, apresentando como proposta uma série de retirada de direitos. A empresa alega que compareceu a dez reuniões, mas além de descumprir o calendário e adiar a apresentação do índice econômico, o que aconteceu foi uma manobra para adiar as discussões para depois da data-base da categoria, que é em agosto, jogando os trabalhadores num limbo jurídico.

Mesmo com a mediação do TST, a empresa não recebe os representantes dos trabalhadores há mais de 40 dias e se nega a negociar, pois insiste em reduzir benefícios que rebaixariam ainda mais o salário da categoria, que já é o pior entre todas as estatais.

Nós, petroleiros, que travamos a mesma luta neste momento, contra a retirada de direitos e privatização da Petrobrás, levamos nossa solidariedade e disposição de unidade à assembleia realizada em Santos, que reuniu trabalhadores de toda a Baixada Santista. Representando o Sindipetro-LP, esteve presente na assembleia o diretor Fábio Mello.


A truculência do general Floriano Peixoto, escolhido diretamente pelo presidente Bolsonaro para comandar os Correios no processo de privatização já fartamente defendido por todo o Governo não é por acaso. Tanto a base governista, quanto a direção dos Correios têm interesse em usar a greve para desgastar a imagem dos trabalhadores. Querem, inclusive, censurar os trabalhadores, proibindo de falar sobre a empresa, o que por consequência também impediria de debater publicamente os reais motivos que levaram à construção do atual movimento grevista.

Com a ameaça de privatização generalizada do patrimônio público, este é o momento de discutir a importância dos Correios, Petrobrás e demais estatais para a sociedade.
 
O que querem os ecetistas?
- Reajuste salarial com reposição da inflação do período (3,25%)
- Não aos cortes de direitos propostos como “medidas estruturantes”

A ECT não dá prejuízo e não depende de financiamento público.

Os trabalhadores dos Correios merecem respeito e dignididade!
Nenhum direito a menos!
Privatizar faz mal ao país!

Com informações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT)