Diante de despacho do TST e ofensiva da Petrobrás, FNP definirá ações nesta quarta (2)

A hora é agora!

Na última segunda-feira (30), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou despacho no qual responde os documentos enviados pelas federações de petroleiros, nos quais solicitam a continuidade das negociações via mediação.

Infelizmente, na resposta o vice-ministro do TST, Renato de Lacerda Paiva, rejeita o pedido das federações e reitera o conteúdo da proposta formalizada aos sindicatos, solicitando que as entidades esclareçam se serão feitas assembleias para aprecia-la.

É importante ressaltar que esta proposta, considerada pelo tribunal um grande esforço, mantém na prática a retirada de direitos históricos da categoria. Os avanços apresentados não alteram, de maneira satisfatória, a avalanche de ataques que a atual direção da Petrobrás tenta impor - agora com a anuência indireta do TST. Justamente por exigir a manutenção dos direitos existentes em nosso atual ACT, petroleiras e petroleiros de todo o país rejeitaram em peso a 3ª contraproposta da companhia.

Um sintoma desta ofensiva sobre nossos direitos, à revelia de qualquer boa fé negocial, é o comunicado publicado nesta terça-feira (1) pela companhia no qual apresenta sua “proposta final de acordo individual”. Apoiada na contra-reforma trabalhista, que amplia a retirada de direitos aos assalariados do país e promove a completa precarização do mercado de trabalho, a gestão Roberto Castello Branco demonstra mais uma vez que o seu objetivo é, por um lado, destruir as conquistas da categoria para facilitar a privatização da empresa e, de outro, enfraquecer a ação coletiva da categoria e os seus principais instrumentos de reivindicação: os sindicatos e federações.

Diante desses últimos fatos, com a postura lamentável do TST e a nova ofensiva da direção da Petrobrás para encerrar nossa campanha reivindicatória, a categoria - com razão - está preocupada e indignada.

O objetivo da direção da companhia é justamente - através do terrorismo e do assédio - dividir e colocar medo na categoria. Neste momento, cabe a nós tranquilidade e união. Nas últimas semanas, a direção do Sindipetro-LP vem intensificando o diálogo com a base através dos atrasos nas portas das unidades, dos nossos meios de comunicação e em conversas individuais dentro do local de trabalho.

Nesta quarta-feira (2), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) irá definir em reunião os próximos passos de nossa campanha. Além disso, reiteramos que nosso objetivo é preservar e intensificar os esforços de unidade empreendidos entre as direções, pois sabemos que entramos numa etapa decisiva do ACT e só com organização e unidade na luta podemos barrar a ofensiva privatista sobre nossa empresa e nossos direitos.

Fique atento aos nossos meios de comunicação e participe das mobilizações realizadas pelos sindicatos. Nossa palavra de ordem é “Nenhum direito a menos”.