Petroleiros da Alemoa e Pilões atrasam entrada para falar sobre acordo coletivo

Por um ACT digno


Os petroleiros das bases do Sindipetro-LP estão mobilizadas contra a retirada de direitos proposto no acordo coletivo apresentado pelo TST. Nesta terça-feira (29), os trabalhadores do turno e administrativo dos terminais Alemoa, em Santos, e Pilões, em Cubatão, participaram de atrasos de cerca de duas horas para falar sobre o ACT 2019.

A desmobilização das bases da FUP menos de sete horas para início da greve nacional petroleira, desarticulada após o TST atender quatro dos cinco pontos solicitados pela federação, desagradou a categoria do Litoral Paulista, que segue querendo mobilização.

Apresentada na última sexta-feira (25), às vésperas da greve, a nova redação não altera a essência dos ataques que a cúpula da Petrobrás tenta impor.

Para a FNP, as concessões do TST não atendem a categoria, pois o texto continua retirando direitos, como um terço das férias, banco de horas, redução de salários, dentre outros. A pauta da FNP desde o início foi ‘nenhum direito a menos’ e assim seguirá, indicando a rejeição da proposta do tribunal.

Ninguém solta a mão de ninguém
Além da retirada de direitos históricos da categoria petroleira, a proposta do TST retira do acordo coletivo dos petroleiros a responsabilidade da Petrobrás diante dos terceirizados, acabando com o fundo garantidor e com as comissões de desempregados. No LP, os sindicatos dos metalúrgicos e da construção cível estão cientes dos ataques aos terceirizados e dispostos a lutar. Não é admissível mais esse ataque aos trabalhadores da região, que já amargam com altos índices de desemprego e precarização das relações de trabalho.

Os sindicatos da FNP já comunicaram ao TST que não iniciaram às assembleias, com indicativo de rejeição da proposta, enquanto o Sindipetro-RJ permanecer excluído do processo de mediação.

Diante do novo cenário nacional, a diretoria do Sindipetro-LP segue conversando com a base desde o sábado, promovendo atrasos nas trocas de turno, mobilizando próprios e terceirizados. Nesta semana, além de Pilões e Alemoa, o sindicato paralisou as atividades com mobilização nas portarias 1 e 10, com próprios e terceirizados da RPBC e UTE Euzébio Rocha.

Outros atrasos estão programados ainda nesta semana em Cubatão e no Litoral Norte.

Estamos em luta!