Do déficit ao equacionamento, ação e reação da categoria ao PED

Histórico

Setembro/outubro de 2017
Aprovado no dia 12 de setembro de 2017 pelo Conselho Deliberativo da Petros, com um valor total do déficit até 2015 de R$ 22,6 bilhões, o equacionamento previa a reposição aos caixas da Petros, com valores atualizados em 2017, de cerca de R$ 27,7 bilhões. Desse total, R$ 13,7 Bilhões seriam pagos pela Petrobrás e BR (respectivamente R$ 12,8 bi e R$ 0,9 bi), o restante dividido entre os participantes, incluindo pensionistas, que até então não eram taxados pela Petros.
Pela proposta de equacionamento, o déficit seria quitado após 18 anos, ou seja, somente em 2035 a taxa extra, que em alguns casos representava aumento na ordem 3,31 vezes mais do que o participante da Petros contribuía na época, sem que os pré-70 contribuíssem com nada.
Com a cobrança iminente, diversas entidades, representantes de petroleiros, passam a se reunir para buscar uma alternativa ao PED. Nasce o Fórum em Defesa da Petros.

Fevereiro 2018
Para demonstrar união da categoria, as entidades promoveram o primeiro grande ato em defesa da Petros. No dia 21 de fevereiro, cerca de 3 mil petroleiros de todos os cantos do país participaram de ato em frente ao Edisen, no Rio de Janeiro. Após período de concentração em frente ao edifício Senado, os petroleiros partiram em direção ao Edifício sede da Petrobrás.

Março de 2018
Com previsão de início da cobrança do PED em dezembro de 2017, somente em março de 2018 a Petros passou a aplicar o equacionamento. Antes que se iniciasse a cobrança, o jurídico do Sindipetro-LP e de outros sindicatos conseguiram limitar que impedia o desconto da taxa extra. Em algumas localidades a liminar foi suspensa, o que não aconteceu no LP, que conseguiu manter a suspensão do equacionamento qos petroleiros lotados em suas bases até setembro de 2019 (18 meses após início da cobrança).

Abril/Maio 2018
Diante do equacionamento, as entidades representantes dos petroleiros passam a agir conjuntamente, criando o Fórum em defesa da Petros. O grupo, formado pela Associação de Empregados e Ex-empregados Assistidos da Fundação Petrobras de Seguridade Socia (Aexap), Aepet, Fenaspe, FNP, GDPAPE e SINDMAR, passa a se reunir periodicamente, promovendo palestras e debates para esclarecer à categoria sobre o plano de equacionamento, com o intuito de encontrar uma solução menos onerosa para os trabalhadores. 

Outubro/Dezembro de 2018
O Fórum e Defesa da Petros apresenta uma proposta alternativa ao PED, formulada pelos membros da FUP, da FNP e instituições no GT-Petros.
Após muitas reuniões, a Petros se recusou a aceitar o plano alternativo da categoria e pior, anunciou a criação do Plano Petros 3.
Como protesto, os sindicatos de petroleiros reuniram mais de mil pessoas em frente ao prédio da Petros. Em abril do ano seguinte a iniciativa foi repetida em frente ao Edisa, no Rio de Janeiro, com caravana saindo de várias partes do país, inclusive partindo do LP.

Março de 2019
Paralelamente às iniciativas conjuntas em defesa da Petros, o Sindipetro-LP promove entre os associados e interessados, curso sobre previdência complementar.  O intuito do curso, que formou 54 petroleiros, era dar conhecimento teórico e político acerca do que é a previdência, das suas mudanças, do seu funcionamento no mundo e no Brasil, e dos impactos sobre a previdência complementar dos petroleiros. 

Setembro de 2019
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou o pedido da Petros e suspendeu as liminares que vetavam os descontos das contribuições extraordinárias a milhares de petroleiros, dentre os quais os da base do Litoral Paulista, ao Plano de Equacionamento do Déficit da Petros.

Novembro 2019
A Petros apresenta uma nova proposta de reequilíbrio dos planos PPSP-R e PPSP-NR. A nova alternativa manteve a concepção original e incorporou sugestões apresentadas pelo Fórum em Defesa da Petros.