É hora de dizer basta à política de terror da gestão de segurança patrimonial da RPBC

Truculência e assédio

Em uma postura autoritária, sem abrir espaço para qualquer diálogo com a categoria, a gestão da segurança patrimonial da RPBC vem tentando impedir a participação dos petroleiros nas mobilizações e suas adesões na escala de turno aprovada pelos trabalhadores de turno da RPBC/UTE Euzébio Rocha. Para isso, ameaça promover punições.

Desde já, deixamos que claro que é um direito dos petroleiros da ISC (Inteligência e Segurança Corporativa) da RPBC seguir a escala de turno escolhida e praticada pela base (tabela 03 do Sindicato). É inaceitável que somente a ISC pratique a escala 3x2. Lembramos que a escala de turno praticada atualmente pela categoria foi a mais votada nas assembleias, sendo a expressão máxima da democracia e da vontade da maioria. Sabemos que a gestão não é simpática a processos democráticos, mas trata-se de um direito da categoria. Neste sentido, pedimos que diante de qualquer caso de assédio ou perseguição denuncie ao Sindipetro-LP!

Aliás, não é de agora que o sindicato vem recebendo denúncias sobre a gestão local da ISC na RPBC. Superando negativamente a desastrosa gestão ISC 2015/2017, em pouco tempo já acumula em seu currículo seguidos episódios de perseguição, assédio, pressão psicológica e práticas antissindicais. Não por acaso, vem se destacando nos últimos dez anos como a pior de todo o Sistema Petrobrás.

Exemplo recente e lamentável do assédio e prática antissindical da gestão local da ISC foi o que ocorreu durante a mobilização de petroleiros diretos e terceirizados em solidariedade aos demitidos da Allcontrol. Por puro capricho, talvez buscando demonstrar “poder”, um dos membros da coordenação da ISC tentou entrar na refinaria na portaria onde o Sindicato estendeu uma de suas faixas. Ele poderia entrar por qualquer outra portaria, sem discussão, mas resolveu entrar justamente onde poderia existir conflito. Foi essa postura, somada a xingamentos contra um dos dirigentes sindicais, que motivou a categoria a cortar não só a rendição do turno, mas também a parar os trabalhadores do regime administrativo.

Por isso, de todas as gestões da segurança patrimonial na RPBC essa seja talvez a mais truculenta e autoritária. É lamentável que em pleno 2020, quando a categoria decide lutar pelo cumprimento do ACT, em defesa dos seus direitos, empregos e soberania nacional, ainda exista gestões locais que insistem em mostrar “serviço” à alta cúpula sem nenhuma reflexão sobre as implicações éticas e legais de suas ações. Para essa turma, m nome de promoções e “reconhecimento”, vale tudo. Para nós, o verdadeiro reconhecimento se dá por competência, bom relacionamento, boa ambiência, diálogo e respeito aos trabalhadores e suas decisões enquanto categoria. Por isso, fazer uma péssima gestão local não é qualidade, é defeito.

Neste sentido, convocamos novamente os Inspetores de Segurança Interna (PPNTS da segurança corporativa) da RPBC, EDISA, ALEMOA, UTGCA e Tebar a reagirem enquanto há tempo. Não é mais razoável que ainda persista entre nós quem acredita que salvará seu emprego agindo contra o coletivo e aceitando toda e qualquer ordem ou decisão gerencial. A ISC não é e nunca será uma categoria a parte. Somos todos petroleiros, uma só categoria. Não basta se indignar em quatro paredes e pequenos grupos sem transformar isso em ação. Lembramos que os frutos de quem luta são usufruídos por muitos cargos de confiança que além de não mover uma única palha para fazer valer os benefícios que também recebem, ainda jogam contra.

Inspetores de Segurança de vários estados estão se juntando àqueles que já estão nas mobilizações, dos mais antigos aos mais novos. É hora de fazer a diferença e dar um basta às ações autoritárias movidas a caprichos, imposições, desejos da direção e políticas destrutivas de assédio. O momento de mudança é agora. Juntos somos mais fortes!