Petroleiros em greve realizam ato unificado no Valongo, em Santos

17° dia de greve nacional

Mais um dia de mobilização de greve nas bases do Litoral Paulista. Nesta segunda (17), os petroleiros em greve da RPBC, UTE Euzébio Rocha, Alemoa e Pilões realizaram Ato Unitário no edifício sede da Petrobrás (Edisa), no Valongo, em Santos, base administrativa do pré-sal.

Além de dar apoio e solidariedade aos grevistas do prédio, submetidos às pressões de uma das gerências mais assediadoras da companhia, o Sindicato aproveitou para dialogar com aqueles que ainda não aderiram à greve, chamando cada uma à responsabilidade de se juntar a esta luta coletiva.

Nesta segunda-feira (17), os petroleiros completam o 17º dia de greve nacional e décimo nas bases do Litoral Paulista.

A categoria segue em luta pelo cumprimento do ACT e por preço justo para o gás de cozinha e combustíveis e contra as demissões na Fafen Araucária (PR), iniciadas na sexta-feira (14).

Além do Valongo, a diretoria esteve na RPBC e Pilões, parando o pessoal do administrativo para dar um panorama geral sobre a greve nacional e garantir o direito de greve de quem aderiu ao movimento. Na UTGCA, em Caraguatatuba, os petroleiros realizam conversas de conscientização com os trabalhadores que não aderiram a greve. Em São Sebastião, parte dos trabalhadores em greve esteve na subsede, acompanhando a entrevista do diretor Marcio André a uma rádio local, explicando os motivos e rumos da greve.

O ato foi também a oportunidade para reforçar o chamado para a Caravana do Sindicato à Marcha Nacional em defesa da greve petroleira, que acontece nesta terça-feira (18), em frente ao Edifício-Sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, a partir das 16h. Com saída prevista para 7 horas de amanhã, o Sindicato partirá rumo ao Rio com lutadoras e lutadores da Baixada Santista.

Ao todo 121 unidades do Sistema Petrobrás estão em greve, com cerca de 21 mil trabalhadores parados, em 13 estados do país.

A adesão da categoria á paralisação cresce ao mesmo passo que os assédios e tentativas de enfraquecer o movimento também aumentam. Cinco plataformas das bases do LP (P-66, P-67, P-68, P-69 e Mexilhão) estão em greve. De responsabilidade da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UO-BS), situado no Valongo, as gerências das plataformas estão convocando trabalhadores das plataformas P-70 e P-71, ainda em treinamento, para que assumam os postos dos trabalhadores que aderiram ao movimento. Trata-se de mais uma prática antissindical, que está sendo devidamente tratada pelo jurídico do sindicato.

Este é o quarto ato unificado de greve realizado nas bases do LP. A categoria tem se reunido e já esteve no terminal de Alemoa, Pilões e RPBC.

A greve segue forte! Estamos mobilizados!