PM ataca manifestantes e prende sindicalista durante ato pacífico no Porto de Santos

Direito de greve reprimido

A Polícia Militar interrompeu com bombas e com a prisão do presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos (Sindicam), Alexsandro Viviani, a greve de 24 dos caminhoneiros.

Os trabalhadores se concentram, desde a meia-noite desta segunda-feira (17), em manifestação na entrada do porto. A mobilização dos trabalhadores autônomos é contra o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do cais, por um valor mínimo para serviços de frete e a retirada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. A previsão é que a greve se encerre à 0h desta terça.

O Sindipetro-LP esteve durante o ato, representado pelo diretor Fábio Mello, que inclusive gravou um vídeo com os caminhoneiros e Viviani, explicando o motivo da greve de 24 horas.

Segundo a própria Polícia Militar, a mobilização acontecia pacificamente, sem obstrução das vias de acesso. Até a prisão, os caminhoneiros mantinham diálogo com os motoristas, chamando para aderirem à greve, o que estava sendo aceito com tranquilidade pelos motoristas. Às 12h30, com o aumento da adesão à mobilização, alegando descumprimento da ordem legal de não obstrução das vias, a PM lançou bomba de efeito moral sobre os manifestantes e prendeu o presidente da categoria, por desobediência.

Alexsandro foi encaminhado à delegacia, pela Força Tática e após prestar esclarecimentos, foi liberado às 16h30.

Os petroleiros do Litoral Paulista repudiam a repressão à greve dos caminhoneiros e se solidarizam com a categoria pela luta que estão travando, que é de todos os brasileiros.

Basta de repressão aos movimentos dos trabalhadores e chega de submeter a sociedade brasileira aos interesses das grandes petrolíferas internacionais!

Com a política do governo de taxar com preço internacional a venda dos combustíveis e GLP, gerando lucro e empregos em outros países, o Brasil segue com uma das maiores taxas de desemprego da história e pagando caro para importar derivados, enquanto nossas refinarias estão parcialmente ociosas.

Pela autossuficiência de petróleo e combustíveis, contra a política de preços em paridade com o mercado internacional, estamos em greve e apoiando a mobilização dos caminhoneiros!