Dia Internacional da Mulher terá atos em São Vicente e São Paulo

Dia 7 e 8 de Março

Não é por acaso que o dia 8 de Março (8M) se tornou a data que inicia o calendário de lutas conjuntas no Brasil. O espírito lutador das mulheres, que desde muito cedo são condicionadas a viver se esquivando de olhares e intenções que as objetificam, tem ganhado cada vez mais a consciência principalmente delas, mulheres, contra o pensamento machista que domina a sociedade e as subjuga. 

Cada vez maior e mais inclusivo, o 8 de Março, realizado nacionalmente em diversas cidades e estados, leva para as ruas as principais pautas progressistas: diversidade, igualdade, liberdade e inclusão! 

Na baixada Santista, um ato unificado antecipa a data para o sábado (7), na Praça dos Correios, em São Vicente, das 12h às 15h. Em São Paulo, como em todos os anos, o ato ocorrerá no dia 8 de março! O local de concentração será na Avenida Paulista, 1853 (Parque Mario Covas), duas quadras pra frente do MASP. A concentração será a partir das 14h.

Felizmente, a cada dia aumenta mais a percepção sobre o papel da mulher no mundo e sua importância na construção de uma sociedade igualitária. Não está sendo fácil, proporcionalmente ao despertar da consciência da sociedade, o reacionarismo contra as pautas feministas tem respondido com mais violência e agressão. O #EleNão foi um exemplo. Nenhuma outro grupo foi tão engajada em parar a ascensão antidemocrata que tomou o governo, como a que mobilizou mulheres de todo o país e do exterior.

O pensamento “quando uma mulher avança nenhum homem retrocede” diz muito da importância de continuarmos lutando contra o machismo institucionalizado, que subjuga e torna quase impossível fazer a sociedade “andar pra frente”. Quando em momentos chave da história, homens e mulheres lutaram juntos contra as opressões e por direitos civis, a sociedade evoluiu. 

Exemplos de dedicação, as mulheres são, sem querer ser, inspiração e encontram forças de onde não tem para contribuir pelo coletivo. Cabe aqui lembrar o depoimento emocionante da petroleira Amanda, que é engenheira da Petrobrás no Edisa Valongo, em Santos, e desde 2015 vem sofrendo assédio moral da gerência de sua unidade, por ter participado da greve dos petroleiros naquele ano. Sem baixar a cabeça, Amanda enfrentou como pode o assédio, porém, por consequência do estres vivido no dia a dia, desenvolveu transtorno de ansiedade, o que a afastou do trabalho temporariamente. Ainda assim, o relato de Amanda rodou as redes sociais e cativou a categoria, inspirando muitos petroleiros e petroleiras por todo país a decidirem, em agosto de 2019, por enfrentar os assédios crescentes e descumprimento do acordo coletivo, e aprovar uma greve. 

Assista o depoimento de Amanda

 
Que as demonstrações de apoio às causas feministas se estendam para além do 8 de Março.

Vamos fazer o Dia Internacional da Mulher um dia de conscientização e de luta!
Dia 7 e 8, vamos todos para o ato!