Sindipetro-LP cobra RH local sobre HE de parada, passagem de serviço, ônibus, coronavírus e outros assuntos

RPBC/Termelétrica

Nesta sexta-feira (13), a diretoria do Sindipetro-LP se reuniu com o RH da RPBC/Termelétrica, onde apresentou várias demandas sobre assuntos novos e outros que estavam pendentes de resposta.

A reunião começou com protesto do sindicato contra a Petrobrás, devido a dificuldade da diretoria acessar a unidade sem que houvesse a autorização do gerente local. É preciso haver tratamento de respeito aos dirigentes sindicais, pois além de trabalhadores petroleiros, representam a categoria. Para a diretoria do Sindipetro-LP é inadmissível que a RPBC bloqueie a entrada do sindicato, pois, além de se tratar de prática antissindical, a gerência regional sequer tem apoio do RH Corporativo, que em nenhum momento notificou o sindicato de que a diretoria estava proibida de entrar na empresa. A situação será levada para ser explicada pelo RH Corporativo, no Rio de Janeiro, durante reunião de acompanhamento de ACT.

Durante a reunião o sindicato negociou com a empresa que a próxima reunião do SMS local, marcada para o dia 19 de março, terá a participação do gerente de SMS, onde serão colocados os pontos pertinentes aos problemas de segurança e saúde dos trabalhadores de Cubatão. Dentre os pontos que serão abordados, serão discutidos os problemas de adequação e melhorias do laboratório da RPBC, além dos problemas de SMS de todas as outras unidades.

Pautas
Diante da pandemia do corona vírus, o sindicato cobrou que a RPBC faça uma campanha regional para a refinaria e termelétrica, explicando aos trabalhadores sobre os riscos da doença e formas de prevenção ao contágio do vírus. De acordo coma empresa já existe uma campanha em curso, mas para o sindicato, o material elaborado não contempla as características das unidades da região. O sindicato cobrou medidas que orientem os trabalhadores aos cuidados ao espirrar ou tossir no interior dos ônibus e perto das pessoas, além de disponibilização de álcool gel na entrada da CCI, unidades e setores da RPBC/Termelétrica.

O sindicato exigiu reunião com o novo gerente da HDT, que recentemente foi transferido da Refap para a RPBC, para discutir sobre o efetivo. Na próxima segunda-feira (16), o sindicato estará na RPBC para verificar o estudo de Organização e Métodos (O&M) junto com o gerente, para que esclareça por que está reduzindo os postos de trabalho na UT2.

Hora extra (HE) parada de manutenção
Recentemente o sindicato fez consulta sobre o padrão de ajuste de frequência, que informa que em algumas ocasiões o gerente imediato poderá fazer pagamento das horas extras da parada de manutenção, em 100%, ou seja, sem nenhuma transferência de HE para o banco de horas.

Baseado no padrão corporativo, que diz que o HE pode ser pago dependendo somente do gerente imediato, o sindicato e a FNP entendem que, em parada de manutenção, emergência ou em situações críticas da operação das unidades e manutenção, que expõem os trabalhadores a situações mais adversas, complexas e eventuais, o pagamento das horas extras deva ser de 100%. Dessa forma, a federação notificou a companhia para que assuma isso como compromisso.

O sindicato foi surpreendido pela empresa ao saber que as horas da UGAV serão pagas a 50%, por orientação da gerência industrial. O sindicato discorda da posição e reafirmará em reunião com o RH corporativo o equivoco da gerência industrial.

Horário de partida dos ônibus
O sindicato questionou o RH local sobre o horário de partida dos ônibus do turno. Para o sindicato, ainda que a empresa esteja fazendo alteração de local de marcação de ponto, o que ainda está sendo discutido entre sindicato e RH Corporativo, entendemos que os ônibus precisam de uma tolerância de até cinco minutos para saída e garantias de uma troca de turno segura e eficiente. O RH informou que disponibilizará táxi para quem perder o ônibus após 30 minutos da troca de turno. A empresa também informou que poderá haver alguns atrasos em casos atípicos, como por exemplo, em dias de chuva ou dias de atraso provocado pelo sindicato.

Permuta cancelada após conversa do turno com o sindicato
O sindicato recebeu denúncia de que quando a diretoria parava para fazer as conversas com o turno, gerando atraso na entrada, alguns supervisores estavam cancelando a permuta de alguns dos trabalhadores pelo dia inteiro.

O sindicato não concorda com essa prática e cobrou da gerência do RH um posicionamento. Segundo o RH, não há orientação ou permissão para que os supervisores ajam dessa forma, prejudicando os trabalhadores. Dessa forma, o sindicato ratifica que, seja qual for o atraso, o trabalhador entrando para pagar sua permuta não deverá ter o dia cancelado para troca.

Pedidos de Aposentadoria antes e após reforma da Previdência
Desde o dia 12 de novembro de 2019, com as mudanças da reforma da Previdência, os trabalhadores de empresas públicas que pediram aposentadoria podem ser demitidos da empresa. O Sindipetro-LP cobrou do RH sobre qual o entendimento da empresa a respeito dos trabalhadores que deram entrada no INSS antes do dia 12 de novembro do ano passado. Segundo o RH, o parecer do jurídico da empresa é de que o benefício considera a data do pedido inicial, ou seja, para aqueles que entraram com pedido de aposentadoria antes do dia 12/11, o benefício será retroativo a nova lei.

Outras demandas foram debatidas e serão devidamente apresentadas durante reunião com o RH Corporativo, no Rio de Janeiro.

O Sindipetro-LP recebe as demandas dos trabalhadores, que podem entrar em contato com a diretoria pessoalmente, nas bases ou no sindicato, ou ainda por telefone, acessando os contatos disponíveis aqui.

Estamos em luta!