Mesmo com coronavírus, Petrobrás triplica teto para bônus de diretores

R$43,3 milhões

A Petrobrás propôs aos seus acionistas triplicar o pagamento de bônus para a diretoria, mesmo com a crise econômica causada pela pandemia de coronavírus e com a queda abrupta no preço do petróleo provocada por medidas de isolamento social adotada em vários países. 

De acordo com o documento enviado aos acionistas, a estatal quer desembolsar R$43,3 milhões para pagar salários, benefícios, bônus por desempenho e encargos de abril de 2020 a março de 2021 –no ano anterior, era de R$34,2 milhões. O salário dos diretores não foram reajustados, segundo o presidente da estatal, Roberto Castello Branco. Mas o teto de gastos para o pagamento dos bônus foi elevado de R$ 3,3 milhões para R$ 12,5 milhões.

A proposta resultará em 1 aumento de 26,6% na projeção de gastos com salários e benefícios dos executivos.

O documento com a medida foi protocolado na última 6ª feira (20.mar). No mesmo dia, a Petrobrás informou que vai sacar US$ 8 bilhões –o equivalente a R$40 bilhões– de linhas de crédito contratadas nos últimos anos para enfrentar a crise provocada pela pandemia. A companhia também anunciou o adiamento do processo de venda das refinarias.

O que diz a Petrobrás?

Em nota enviada à Folha de S.Paulo, a Petrobrás disse que o bônus “refere-se ao cumprimento de metas desafiadoras estabelecidas para o ano de 2019”. No ano, a estatal teve lucro recorde de R$ 40 bilhões.

De acordo com a empresa, o modelo de premiação dos executivos “visa valorizar a meritocracia e trazer flexibilidade para 1 cenário em que a empresa busca mais eficiência e alinhamento às melhores práticas de gestão”.

Fnte: Poder 360