ANP mantém regras para distribuição de botijões de GLP e nega desabastecimento

Sem discussão

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu na última segunda-feira (13) que flexibilizar as regras vigentes para permitir que empresas distribuidoras encham de GLP botijões de outras marcas”não contribui para solucionar problemas pontuais de falta de gás de cozinha”.

A agência negou ainda que haja desabastecimento, a não ser “restrições momentâneas no suprimento”.

“Diante de informações do segmento de revenda de GLP (gás de cozinha) de que o processo de destroca de vasilhames estaria prejudicando o abastecimento, agentes de fiscalização da ANP vêm monitorando as 27 bases de distribuição e os cinco centros de destroca de botijões de GLP de todo o Brasil. Até o momento, foram identificadas somente restrições momentâneas no suprimento de gás de cozinha”, diz em nota.

Audiência pública

“A ANP entende que a flexibilização das regras atuais sobre enchimento de botijões exige a realização de consulta e de audiência pública, uma vez que elas afetam direitos econômicos e visam à defesa de direitos básicos do consumidor quanto à segurança”, sublinha a agência.

A matéria está na Agenda Regulatória da ANP, que prevê a discussão sobre uma possível flexibilização nas normas sobre enchimento de botijões de outras marcas.Mas, por enquanto, as discussões ainda não começaram. Segundo a agência, “todos os agentes interessados serão convidados a participar e apresentar os estudos e argumentos que considerarem pertinentes”.

Monitoramento

Na última quarta-feira (8), a ANP informou que “o Ministério de Minas e Energia (MME) permanece monitorando as medidas adotadas para a garantia do abastecimento do gás de cozinha (GLP) em nível nacional, o que deve ocorrer nos próximos dias com a normalização da distribuição do produto em algumas regiões”.

De acordo com dados da ANP, o consumo de gás de cozinha (GLP) aumentou em 23% em todo o país, devido ao “ao necessário isolamento social por conta do coronavírus”, com as famílias ficando mais em casa e adotando novos hábitos.

A agência notou ainda que “o novo comportamento ensejou a antecipação da compra de um segundo botijão, que resultou em uma escassez pontual de GLP”.

“A ANP está comprometida em minimizar os danos causados pelo momento que atravessamos. Desta forma, os indicadores de saúde do mercado estão sendo monitorados atentamente para que a Agência atue, sempre que necessário”, concluiu.

Fonte: Eu quero investir!