Venda
O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, afirmou a concordância da Odebrecht, sua sócia, em transformar a Braskem numa corporation. Odebrecht – no dia 22 de abril o grupo aprovou a reestruturação de 53 bilhões de reais em dívidas dentro de seu plano de recuperação judicial, tornando assim a Braskem a principal fonte de renda da companhia.
O executivo disse que o momento do mercado pede paciência, mas que a Petrobrás mantém o interesse de vender sua participação na Braskem na bolsa e monitora oportunidades para uma nova oferta de ações da BR Distribuidora.
De acordo com Castello Branco, a meta da companhia continua sendo avançar com as negociações das refinarias e assinar os contratos para a venda dos ativos ainda neste ano.
Ele destaca que “vários obstáculos já foram vencidos” na venda da Braskem como o acordo firmado pela petroquímica para pagar indenizações e realocar colaboradores.
A ideia da Petrobrás e da Odebrecht é listar a Braskem no Novo Mercado da B3, na tentativa de valorizar a petroquímica para uma futura venda de lotes de ações da companhia. “Mas temos que ser pacientes”, disse Castello Branco, em referência à alta volatilidade da bolsa e do momento ruim da economia global.
Sobre o interesse numa nova oferta das ações da BR, onde a Petrobras ainda detém 37,5%, o executivo disse que essa “é uma possibilidade, mas que tem que esperar um pouco”.
Segundo Castello Branco ainda que a companhia mantém a previsão de assinar os contratos de venda de suas refinarias até o fim do ano e concluir os negócios em 2021. “Isso continua de pé. Não recebemos sinal negativo de desistência de quem quer que seja [pelas refinarias]”.
Para ele é natural que, em meio à crise, o plano de desinvestimentos da Petrobrás sofra atrasos, mas que o interesse pelos ativos da empresa permanece.
Castello Branco afirma também que a Petrobrás não tem “nenhuma intenção” de vender ativos do pré-sal.
Fonte: Click e Gás