Diante do colapso do sistema de saúde, FNP exige monitoramento de leitos e atualização dos planos de emergência

Considerando as especificidades das plataformas, dada as dificuldades logísticas, fica ainda mais evidente o quanto é necessário que esse trabalho de monitoramento de leitos e atualização dos planos de resposta à emergência seja preventivo

O país chegou a mais de 10.000 mortes por COVID-19 neste domingo (10/5). Sem um isolamento sério, as mortes dobrarão em 20 dias, segundo especialistas. Vários estados já estão no limite máximo dos seus sistemas de saúde à beira ou já em colapso. São os casos de Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas, bases da nossa federação. 

Por isso, a FNP em reunião com a empresa sobre o COVID-19 no dia 6 de maio solicitou que a AMS realize um monitoramento dos leitos de UTI com constante atualização e encaminhamento das informações à Federação Nacional dos Petroleiros e seus sindicatos.

Além disso, a área de SMS deve trabalhar de forma preventiva e atualizar os planos de emergência das unidades para que, caso ocorra um acidente grave, seja possível o atendimentos dos feridos. É fundamental que os SINDIPETROS e as CIPAs sejam informados. Esse tema também deve ser pauta nos DDSMS (Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde) para que o conjunto dos trabalhadores tome conhecimento.

Considerando as especificidades das plataformas, dada as dificuldades logísticas, fica ainda mais evidente o quanto é necessário que esse trabalho de monitoramento de leitos e atualização dos planos de resposta à emergência seja preventivo. Segundo a NR 37.30.2: “O PRE deve ser elaborado considerando as características e a complexidade da plataforma e contemplar, no mínimo, os seguintes tópicos: f) procedimentos de resposta à emergência para cada cenário contemplado, incluindo resposta a emergências médicas e demais cenários acidentais de helicópteros previstos na NORMAM 27; m) procedimento para acionamento de recursos e estruturas de resposta complementares e das autoridades públicas”;

Por trás dos números, cada morte representa uma vida
O Covid-19 já mata todo dia no Brasil mais que o dobro das vítimas de um dos maiores acidentes da História, o rompimento da barragem da Vale do Rio Doce, em Brumadinho (MG), que deixou 270 mortos no ano passado. Esse acidente ocorreu por uma negligência empresarial que botou em risco a vida dos trabalhadores.  Cada vítima tinha um nome, um sonho, um projeto de vida que foi interrompido, bem como, familiares, amigos que agora sofrem. Não podemos permitir que à tragédia global com um número crescente de vidas perdidas, se some ainda mais mortes por negligência e despreparo empresarial.

Em defesa da vida! Por saúde e segurança!    
Fonte: FNP