Petrobrás: 45 mil trabalhadores correm risco de perder o emprego

Setor de óleo e gás

Contratos da Petrobrás com grandes, médias e pequenas empresas no setor de óleo e gás foram atingidos pelo corte de gastos que a estatal adotou, como pedida para enfrentar a crise do petróleo gerada pelo coronavírus. 

Cerca de 45 mil trabalhadores do setor de óleo e gás que prestam serviços para a estatal, correm o risco de perder o emprego. Devido a crise, a Petrobrás pretende rever seus contratos que somam 6 bilhões de reais com 300 empresas terceirizadas.

O número pode aumentar para 50 mil se forem levados em conta o emprego dos trabalhadores que atuam em projetos novos, como as obras do Comperj, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.

Devido a crise a Petrobrás já reduziu a produção de petróleo em 200 mil barris por dia, paralisou plataformas e campos terrestres, adiou investimentos e reduziu a menos de 60 por cento a operação de refinarias em todo o país.

“Até o momento a Petrobrás apenas formalizou para cada contratada que a pandemia é um caso fortuito de força maior, e que estes impactos financeiros deverão ser suportados por cada uma das partes. As empresas não sabem o que fazer. Corremos o risco iminente de uma demissão em massa”, diz Eduardo Aragon, diretor da BrainMarket.

“Nenhum órgão público sinalizou com alguma ajuda ao setor, que está buscando diálogo com a Petrobrás. As demissões já começaram. Cada empresa está demitindo naqueles contratos que acha que não vão ser renovados. Essa insegurança é o que mata os empresários”, conclui o executivo.

Negociação entre a Petrobrás e Terceirizadas

Em nota, a estatal afirmou que “dada a complexidade e a diversidade dos contratos de bens e serviços, qualquer impacto destas condições nos termos contratuais está sendo tratado individualmente com cada empresa”.

Fonte: Click Petróleo e Gás