A Tribuna publica neste domingo estudo do Ibeps que aponta impactos econômicos e sociais com a saída do Edisa de Santos

Mobilização social em defesa de empregos

No próximo domingo (26), o Sindipetro-LP irá publicar uma matéria de página inteira no jornal impresso de A Tribuna, apresentando o estudo “Os Impactos Econômicos e Sociais da Transferência de Atividades da Petrobrás da Baixada Santista”, apontados na pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), sobre o fechamento gradual do prédio administrativo da Petrobrás no Valongo (Edisa) de Santos. A matéria, publicada como informe publicitário, espera dar visibilidade ao estudo e subsidiar o sindicato, políticos, comerciantes e população na defesa da permanência da Petrobrás em Santos. Por isso, é importante que todos os petroleiros estejam a par do estudo, que será disponibilizado em breve em nosso site e redes sociais, e que divulgue a matéria que será veiculada no jornal A Tribuna, demonstrando engajamento e força que nossa categoria tem

O estudo aponta o impacto econômico de R$ 309 milhões por ano que deixará de circular na região somando somente a massa salarial dos 2.100 trabalhadores lotados no Edisa.

Assim como ocorreu no edifício sede administrativo de São Paulo (Edisp), até sua total desativação no final de 2019, a Petrobrás vem transferindo parte de seus empregados para a capital do Rio de Janeiro. O movimento mais brusco que sinaliza a intenção de tirar a sede das operações de exploração e produção de gás e petróleo das plataformas da Bacia de Santos, foi a recente transferência da representação sindical de 937 trabalhadores para o Rio de Janeiro. O processo, no entanto, começou em 2018, quando a empresa transferiu os voos de embarque e desembarque do aeroporto de Itanhaém, para Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, prejudicando toda uma cadeia de negócios criada para atender esses trabalhadores, transporte, hotelaria e alimentação, causando impactos econômicos para o município.

Também, em outubro de 2019, sem negociação com o Sindicato, a empresa anunciou que 74 empregados do Valongo seriam transferidos para a capital fluminense. Destes, 37 já foram obrigados a se mudar e outros 37 seguem em Santos.

Vale lembrar ainda que os trabalhadores da Transpetro Alemoa enfrentam um processo de leilão do terminal, que acarretará, no mínimo, no fechamento de metade dos postos de trabalho de próprios e terceirizados hoje empregados na unidade da região.

Com o estudo em mãos, nesta semana o Sindipetro-LP começou a distribuir o material, começando na terça-feira (21) por entregar aos vereadores de Santos, na Câmara Municipal, onde foi dada a palavra na Tribuna Cidadã ao diretor Adaedson Costa, que em pouco mais de cinco minutos explanou sobre a importância da Petrobrás para a economia da região. No dia seguinte, a diretoria do sindicato caminhou nas ruas em volta do Edisa Valongo, entregando o estudo e conversando com os comerciantes e empresários do local, buscando apoio para enfrentar a gestão entreguista no comando da empresa, que age politicamente, alegando economia para a empresa.

Além do desemprego que o fechamento do Edisa Valongo irá causar, a região perde ainda com os investimentos da Petrobrás nas áreas sociais, no esporte e na cultura, que deixaram de ser fomentados na Baixada Santista.

Os petroleiros podem dar voz a luta contra a retirada da Petrobrás de São Paulo, divulgando o estudo, levando o debate da privatização para as rodas de conversas (virtuais) e cobrando dos políticos que elegeram, vereadores, prefeitos, governadores, deputados e senadores, ação em defesa dos empregos e da economia da Baixada Santista.

Basta de perdas!
Merecemos mais!