Reunião com o RH da Petrobrás debate processo de negociação

ACT

Em meio aos recentes acontecimentos no Brasil, em virtude da pandemia causada pela Covid-19, a FNP reuniu-se com representantes da empresa, às 10h para tratar do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Mais uma vez, a FNP colocou a necessidade de prorrogar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente, na íntegra, e suspender as negociações enquanto durar o estado de calamidade pública.

A FNP se colocou à disposição da empresa para negociar qualquer assunto referente a preservação da vida dos petroleiros e petroleiras próprios e terceirizados, a fim de impedir mais mortes provocadas pela Covid-19. Em outras palavras, enquanto durar a pandemia, a FNP tem disposição para medidas protetivas em relação a condição de trabalho na Petrobrás e em defesa da vida.

Para a FNP, somente após a pandemia será possível ter um cenário mais definido, propício a negociações e discussões sobre o Acordo Coletivo, sobretudo, sem colocar mais vidas em risco.

Teletrabalho
Sobre o teletrabalho, a FNP deixou claro que seja parte uma negociação coletivo e que não seja aplicada de uma maneira precarizada, definindo a responsabilidade do empregador de maneira muito clara para que o teletrabalho seja um direito do empregado, para que não fique à mercê dos caprichos da gerência. Que seja voluntário e não imposto. Deve ainda ter acesso dos sindicatos e dos trabalhadores pela plataforma da Petrobrás.

Além disso, a FNP também destacou que o teletrabalho não seja mais um custo para o trabalhador sim uma modalidade diferente, garantindo e preservando a saúde e a segurança dos petroleiros e petroleiras.

Venda de ativos

A FNP também cobrou o fim da venda de ativos e das transferências de trabalhadores e denunciou o que seria a venda de ativos em meio a pandemia, os impactos econômicos e sociais no país.

A Petrobrás é uma empresa altamente rentável, por mais que queiram fazer crer o contrário, desprestigiando sua importância e imponência. Não é à toa que esta empresa, ainda estatal, é respeitada e observada mundialmente, detendo tecnologia de ponta tanto na descoberta de suas reservas quanto na exploração de suas bacias petrolíferas.

A Petrobras não é somente uma empresa brasileira de sucesso, mas uma empresa geradora de energia combustível de sucesso. Do combustível que move o mundo. Do combustível que o mundo mais utiliza.

A energia nos seus diversos tipos são e continuarão sendo um dos motores do sistema. Por isso, não existe justificativa para a entrega da Petrobrás, para ceder facilmente as riquezas do país em troca de uns “tostões”.  Não há exagero nessa expressão, pois, é exatamente isso que simbolizaria a venda da Petrobrás.

Covid-19
Durante a reunião, outro ponto questionado pela FNP foi sobre a política da Covid-19, em que a direção da Petrobrás recusa-se a fornecer informe sobre empregados mortos e cobrou mais transparência e efetividade no assunto.

“A forma como a empresa vem divulgando os dados não dá para fazermos o nosso acompanhamento e pedimos respeito com a vida de petroleiros e petroleiras para que a gente possa combater, de maneira adequada, a Covid-19”, destacou a FNP.

No fundo, a direção da empresa reflete o que faz o governo Bolsonaro que trata com desdém a situação da pandemia no Brasil, e como não poderia deixar de ser a direção de Castello Branco replica isso na companhia.

Punições
Para finalizar, a FNP cobrou também a reversão das punições, acordada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na última greve. Por tudo isso, a FNP convoca a categoria petroleira para cobrar a empresa a prorrogação do acordo coletivo, totalmente possível economicamente, enquanto perdurar a pandemia para proteger a vida e a saúde de todos.

Fonte: FNP