Sindicatos e Comissão dos Desempregados realizam panfletagem na RPBC Em defesa da tabela unificada

Basta de perdas!

Esta terça-feira (18) começou com uma mobilização unificada na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP). Em pauta, a Tabela Salarial Unificada das prestadoras de serviço, que, graças à mobilização dos trabalhadores, foi aprovada em assembleia em abril de 2019 e desde então vem balizando as contratações na refinaria. A mobilização contou com a distribuição de boletim especial feita pelos sindicatos de Petroleiros, Metalúrgicos, Construção Civil e Comissão de Desempregados de Cubatão. Veja o boletim completo aqui.

O cumprimento da tabela salarial tem sido uma tarefa árdua, que conta com a vigilância permanente dos trabalhadores, Comissão de Desempregados e sindicatos. O caso mais recente de descumprimento da tabela é o do grupo Benge, que infelizmente tentou usar uma velha fórmula: dividir pra conquistar. Ora disse que fecharia o acordo com a construção civil, ora disse que fecharia com os metalúrgicos, enrolou muito e chegou a dizer que já estava fechando acordo com valores inferiores ao da tabela unificada.

Graças a unidade dos sindicatos e Comissão de Desempregados, que se reuniram diversas vezes e pressionaram de forma conjunta a empresa, finalmente ela cedeu e assinou o contrato respeitando a tabela salarial unificada.

Diante de mais uma vitória dos trabalhadores fica claro que todo o problema poderia ser evitado se os gestores da Petrobrás em Cubatão fizessem o mínimo, indicando os sindicatos da região que lutaram e defendem a tabela unificada, evitando com isso mobilizações, atrasos e greve.

Infelizmente, para esses gerentes, que diferente dos demais trabalhadores da Petrobrás, mantiveram seus salários intactos, e cujos passivos trabalhistas gerados com as mobilizações não saem de seus bolsos, é mais fácil defender a ideológica liberal do governo Bolsonaro, do lucro a qualquer custo, do que prezar pela manutenção dos empregos e dignidade dos trabalhadores contratados pelas empreiteiras.

Ver na tabela unificada uma conquista não nos impede de reconhecer que temos muita luta para que ela seja respeitada integralmente. Sabemos que existem empresas que tentam burlar a tabela, se apoiando na existência de contratos antigos, como é o caso da C3. Também a AGS, que diz ter aplicado a tabela da construção civil, mas ignorando o fato de que os trabalhos na área da Petrobrás são insalubres e de alta periculosidade.

Tanto para as empresas contratadas como para a Petrobrás, o recado é um só: se não querem problemas com os trabalhadores, atrasos com as obras ou ações na justiça, não desrespeitem a tabela unificada.

Os trabalhadores sabem de seus direitos e estão dispostos a defendê-los!

Basta de perdas!