Sem prorrogação do ACT, categoria se prepara para mobilizações!

Vamos à luta!

Após o dia 31 de agosto estaremos descobertos do Acordo Coletivo de Trabalho. A partir de então, teremos que contar com a boa fé negocial da empresa para garantir nossos direitos até que cheguemos a um acordo com relação ao nosso ACT.

A categoria petroleira representada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) decidiu nas assembleias, em quase todas por unanimidade, que neste ano não deve haver outra pauta de Acordo Coletivo que não a prorrogação por mais um ano do ACT vigente. Em resposta à pauta da categoria, a empresa enviou em ofício que “não trabalha com a perspectiva de prorrogação do atual acordo”. A empresa cobra ainda resposta sobre suas propostas ao ACT, se esquecendo que o Sindicato representa os interesses dos trabalhadores, que decidiram pela prorrogação do Acordo Coletivo, do contrário, faremos mobilizações! 

Temos muitos motivos para que nossa reivindicação seja aceita pela Petrobrás, mas o mais evidente é a impossibilidade de reunir toda categoria para debater sobre uma proposta mais ampla, que acarreta mudanças de cláusulas, pois faltaria a participação de parte significativa dos petroleiros, que ficaria de fora dos debates por serem dos grupos de risco, por estarem em teletrabalho, além dos aposentados e pensionistas.

No entanto, como parte de um governo negacionista, a gestão no comando da Petrobrás ignora as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, pois sabemos que o que motiva Castello Branco e Claudio Costa é a retirada de direitos para aprofundar a privatização - e nossas unidades não estão descartadas do “saldão bolsonarista”.

Motivos não nos faltam para mobilização: venda de ativos; transferência compulsória de profissionais lotados em nossas bases para outras regiões e representações sindicais; ataque à AMS; Petros; retirada de direitos; demissões de terceirizados; punições por participação em greve; rebaixamento de salários; sucateamento; leilões de plataformas, terminais e uma lista longa de prejuízos que não recaem somente ao trabalhador petroleiro, mas a soberania nacional e econômica do país. 

Se por um lado, a negociação está prejudicada pela pandemia, por outro, as mobilizações cumprirão seu papel de reivindicar um pleito justo, sem que os trabalhadores se exponham ao vírus. 

Para que as mobilizações sejam vitoriosas, a categoria deverá apoiar a decisão da maioria, que será consultada em assembleias que ocorrerão nas trocas de turno, nas unidades operacionais, como as que decidiram pela prorrogação do ACT. Vamos construir juntos uma grande mobilização, com participação nas redes sociais, convencendo os colegas que temem um embate com a empresa, mostrando engajamento mesmo afastados fisicamente.

Temos exemplos de vitórias em mobilizações organizadas em meio a pandemia, como no caso dos metroviários de São Paulo.Somos uma categoria forte, seguimos produzindo, arriscando nossas vidas para abastecer o mercado e manter os serviços essenciais na ativa. 

Basta de perdas!