Trabalhador é encontrado morto dentro das instalações da RLAM

Luto

É com enorme pesar que a categoria petroleira do Litoral Paulista recebeu a notícia do falecimento de um operador dentro das instalações da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), nesta terça-feira (22). A polícia técnica está fazendo perícia no local para determinar a causa do óbito.

Segundo fontes, o operador ultimamente vinha se queixando, de maneira continua, sobre a venda RLAM e a mudança de Estado. Ele não aceitava ter que sair da Bahia com a família.

A situação do operador é a mesma de milhares de outros trabalhadores e trabalhadoras que se tornaram vítimas da sanha privatista da alta cúpula da Petrobrás e do atual governo. No intuito de diminuir uma suposta dívida e concentrar exclusivamente as atividades da empresa no pré-sal, Castello Branco e sua trupe está fatiando a empresa sem se preocupar com o seu maior ativo – a força de trabalho.

Em 2019, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com um processo para barrar a transferência desses trabalhadores e trabalhadoras. A ação afirmava que a venda da unidade na Bahia estava gerando "sensação de pânico generalizado" entre a força de trabalho. No processo o órgão também citou uma "tentativa de suicídio" em meio ao processo de desinvestimento. Isso já era o prenuncio do que poderia vir acontecer.

A refinaria, que é a segunda maior do pais, recebeu oferta de compra, feita pelo Mubadala Investment, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, e espera que até 2021 a venda seja concluída.

O que aconteceu com esse petroleiro é a prova mais do que concreta que estamos no caminho certo ao lutar não só pela garantia de emprego, mas também contra a privatização e garantia que a força de trabalho possa continuar nas bases onde está seu núcleo familiar.

Basta de mortes no Sistema Petrobrás! Não a venda de ativos!