Trabalhadores do Terminal Aquaviário da Alemoa cruzam os braços

Cerca de 50 trabalhadores terceirizados que atuam no Terminal Aquaviário da Alemoa irão paralisar as atividades nesta sexta-feira, dia 28.Contratados da empresa Retenseal, que atua nas áreas de manutenção (mecânica e Calderaria), os trabalhadores estão há alguns meses sofrendo reflexos do contrato deficitário firmado entre a terceirizada e a Petrobrás Transporte (Transpetro), subsidiária do Sistema Petrobrás. A Retenseal recebe R$ 160 mil mensais da Transpetro e gasta só com folha de pagamento R$ 195 mil. Por causa do desequilíbrio financeiro da empresa os trabalhadores ficaram ontem sem alimentação em razão do restaurante localizado no Terminal ter se negado a atender os trabalhadores pela falta de pagamento das despesas da Retenseal.Há cerca de 15 dias, a empresa também teve um veículo, que serve de transporte para a condução de materiais, retido pela falta de pagamento de dívidas com o abastecimento da frota. Os rádios comunicadores também foram recolhidos pela empresa locadora por falta de dinheiro.PlataformaEm outro contrato firmado com a Transpetro (para manutenção da plataforma de Propano Refrigerado), a Retenseal prejudicou mais 50 trabalhadores. Ontem o período de vigência do contrato chegou ao fim e na homologação a empresa pagou as verbas rescisórias dos funcionários parceladamente. "Os trabalhadores receberam em até 10 vezes, como se fosse carnê da Casas Bahia", afirmou o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), Satoshi Yamagawa.Quanto a esse episódio o Departamento Jurídico do Sindipetro está recorrendo liminarmente à Justiça.Diante da sucessão de problemas os trabalhadores vão cruzar os braços nesta sexta-feira, a partir das 7 horas. A mobilização poderá comprometer a operação do Terminal, pois paralisará todos os serviços de mecânica e calderaria realizados na unidade.Onde está a responsabilidade social e todos os ISOs que o Sistema Petrobrás se orgulha em divulgar?