Sindipetro-LP entra com ação contra radialista que incitou violência e difamou a luta da categoria petroleira

Justiça

No dia 19 de fevereiro, deste ano, o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista e a categoria petroleira foi atacada de forma vil pelo radialista João Roberto Forlim, da Rádio Caragua FM. O locutor resolveu incitar a população contra a venda de botijão de gás promovida pelo Sindicato e contra a greve nacional dos petroleiros.

No decorrer do programa enfatizou que “O discurso do movimento grevista era mentira e na verdade estavam querendo segurar o emprego de gente que dá um prejuízo de 1 bilhão por ano e não perder a mordomia!" e instigou os comerciantes da cidade a jogar ovos nos dirigentes do Sindipetro. Além disso, afirmou “apedrejar não pode, mas dá vontade”.

Diante desse absurdo, o Departamento Jurídico do Sindipetro-LP notificou a emissora de rádio para que entregasse uma cópia do programa em que o radialista proferiu as ofensas. A solicitação foi negada o que acabou culminando numa ação cautelar de produção antecipada de provas.

Com as provas em mãos, mais um processo foi aberto. O jurídico entrou com uma ação cobrando retratação das acusações feitas contra o Sindicato e contra os petroleiros que aderiram à greve naquele período. No processo também é exigida uma indenização por dano moral, ficando o valor a critério do juiz que avaliará o processo. O Sindicato pede que a  condenação não seja inferior a R$40.000,00 (quarenta mil reais), valor tido como razoável em decorrência das barbaridades proferidas pelo radialista.

Entenda o caso
No mês de fevereiro a categoria petroleira de todo país cruzou os braços durante 20 dias pela manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e a demissão de aproximadamente mil trabalhadores da Fafen Araucária (PR). O protesto atingiu 21 mil petroleiros em 121 unidades do Sistema Petrobrás. Essa foi a maior greve petroleira desde 1995, mas nem isso impediu o ataque covarde do radialista.

A reivindicação também era por preço justo para o gás de cozinha o que acabou resultando em uma campanha de venda de gás de cozinha, ao preço de R$ 30, em Caraguatatuba e São Sebastião. O objetivo da ação era ampliar o debate sobre o tema.