Após denúncia de irregularidades, CIPA da UTGCA realiza inspeção de área, conforme previsto na NR-5

Riscos

A CIPA da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, realizou, no último dia 3 de dezembro uma verificação ambiental com o objetivo de levantar os riscos no local de trabalho, conforme dispõe o item 5.16 da NR-5: “A CIPA terá por atribuição: [...] d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores."

Foram constatadas algumas irregularidades na área operacional, como, por exemplo, a disposição de um contêiner ao lado do K-03 que foi instalado para abrigar os técnicos de operação que foram desalojados da sala de operação da produção (CCL). O que ocorreu é que foram suprimidas algumas etapas durante o processo de instalação do referido contêiner, já que não foi realizada a Gestão de Mudança (GM), que certamente demandaria uma avaliação técnica multidisciplinar (Operação, ISUP, SMS, etc.). Além disso, o espaço interno do contêiner é insuficiente para abrigar dois técnicos de área e um supervisor. Foram identificadas, inclusive, irregularidades nas instalações elétricas (passagem de cabos, aterramento), além da ausência de local para acondicionar os materiais utilizados para LIBRA dos equipamentos, etc. As constatações foram registradas através de fotografias e será redigido um relatório, sendo posteriormente apresentado em reunião ordinária da CIPA. A equipe da Cipa também outras irregularidades em outros pontos da Unidade, que serão encaminhadas e relatadas na reunião a fim de que se tomem as ações corretivas necessárias.

Redução de Efetivo
No mesmo dia da verificação ambiental o gerente da unidade foi comunicado da realização da inspeção da CIPA, após se reunir com os dirigentes do Sindipetro LP para discussão da redução de efetivo operacional. Vale salientar que não houve avanços em termos de se chegar a um consenso de que existe um déficit operacional na UTGCA. A visão gerencial é que não existe necessidade de reposição imediata do efetivo, pois o quadro atual está “inchado”.

O encontro ocorreu após uma sequência de atrasos, em caráter de DDS, realizados pelas equipes da operação e conduzidos pelos representantes do Sindipetro LP. “Nós precisamos avançar nessa discussão do efetivo mínimo. Existem distorções no estudo de O&M realizado nas refinarias e nós não queremos nos balizar através dessa ferramenta criada pela empresa, já que não houve a participação dos representantes dos trabalhadores durante a elaboração do referido estudo. Na visão do gerente, a implementação desse estudo na UTGCA, iria reduzir ainda mais o quadro operacional. Nós defendemos, justamente, o oposto: a reposição dessas vagas que foram abertas em função dos desligamentos realizados (PIDV, aposentadorias, transferências, afastamentos, etc.). É preciso avançar nessa discussão. Precisamos encontrar um ponto de convergência, para que possamos tranquilizar a força de trabalho, sinalizando que as mobilizações têm surtido efeito", afirma o diretor do Sindipetro LP, Marcelo dos Santos.

A direção do Sindipetro LP seguirá com as suas incursões nas bases, alertando os trabalhadores sobre os riscos de não se negociar efetivo mínimo. O nosso entendimento é que a saúde e a segurança das pessoas são valores indissociáveis. A luta por melhores condições de trabalho continua!