Tebar apresenta indícios de surto de Covid-19

A história se repete

Tudo indica que a política negacionista de Roberto Castello Branco deixou mais um rastro de vítimas dentro do Sistema Petrobrás. Dessa vez, o alvo é o Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião. Atualmente a unidade conta com um número elevado de casos suspeitos. Na semana passada a gerência mandou a força de trabalho fazer o teste de detecção, mas preferiu abafar o caso. A quantidade exata de contaminados não foi divulgada já que a gestão do terminal está levando a situação em “banho-maria”. Eles devem achar que negando o problema a empresa foge de relacionar os casos como acidente do trabalho. Para piorar o quadro a alta cúpula da Transpetro também não orquestrou nenhuma ação para combater a propagação da doença dentro do terminal.  

Para o sindicato, a Cipa cumpriria perfeitamente o papel de parceira no combate ao coronavírus, colaborando para a resolução do problema, na prevenção à doença, mas como é de praxe na empresa, os cipistas são deixados de lado, muitas vezes vistos como inimigos pela gerência. Os membros da Cipa já se colocaram à disposição da empresa, apresentando propostas para conter o avanço do vírus na unidade, porém a empresa segue omitindo informações e escondendo a real situação no Tebar. 

Não podemos permitir que a situação se assemelhe ao que aconteceu na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, onde a omissão dos gestores culminou na morte do operador, Antônio Carcavalli, que foi contaminado no exercício da profissão. 

O Tebar pode se tornar uma bomba relógio se o surto for confirmando já que a unidade vem operando no limite. A redução do quadro operacional, que foi implementada de maneira unilateral, tem trazido inúmeros problemas e colocado a planta em risco. A redução do efetivo com trabalhadores afastados por Covid-19 pode tornar a situação ainda pior sob o risco de parar o terminal.

A gerência do Tebar tem o poder de evitar o pior e será cobrada se após inúmeros alertas feitos pelo sindicato e trabalhadores a unidade se torne um novo foco de coronavírus da empresa, a exemplo do que houve na RPBC e nas plataformas.