Petrobrás prepara terceirização da operação de suas plataformas

Mais um gople

A direção da Petrobrás já anunciou aos trabalhadores que pretende terceirizar a operação de suas plataformas e que já iniciou o processo de contratação envolvendo “Facilidade, Operação e Lastro”. O modelo será implantado a partir das unidades P-62 (UN-ES) P-48 (UN-BC), que serão as unidades piloto desta migração. No caso da P-48, o processo de implantação tem estimativa de seis meses para operação com a nova empresa contratada.

Segundo a empresa o objetivo é a terceirização da operação e manutenção em instalações industriais. Na verdade, é tanto um artifício para não arcar com as conquistas trabalhistas dos petroleiros concursados, quanto um passa moleque nas gerências das plataformas, rumo à completa terceirização. Isto é, uma transição ao modelo já praticado nas plataformas afretadas, pois, para a alta gestão não importam os acidentes e mortes, mas somente os lucros.

link acidente http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/02/petrobras-confirma-mortos-feridos-e-desaparecidos-em-explosao-no-es.html

Link Afretadas

https://sindipetro.org.br/afretadas-sem-compromisso-com-a-vida/

O anúncio foi feito durante uma reunião com gerentes gerais no último sábado (06/02), envolvendo a gerência geral da UN-ES, em que foi apresentado um “Estudo de Mercado” (RFI – Request for Information). Este é mais um passo rumo à total privatização da Petrobrás com a perda de sua expertise na operação em águas profundas e ultraprofundas.

Ainda, na mesma reunião, foi informado que serão oferecidas “oportunidades” de realocação para os empregados, com a possibilidade de alteração de ênfase para os que tiverem aderido ao PCR. Na realidade, a lógica a ser adotada é de demissão em massa.

O modelo já teve uma tentativa de implantação no CENPES e no EDISE, mas não foi adiante após protestos e ação na Justiça por parte do Sindipetro-RJ.

O Sindicato deixa claro que a terceirização representa a precarização do trabalho, colocando em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras e o patrimônio da Petrobrás. Essa é mais uma tentativa da direção da Petrobrás, em aplicar a reforma Trabalhista e as novas regras da CLT, que retiram direitos já consagrados pela Constituição. Os petroleiros concursados têm que intensificar e ampliar a luta junto com toda a categoria terceirizada e quarteirizada, para a extensão do regime 14×21, da hora-extra troca de turno, de um piso vinculado à vindoura incorporação da RMNR, para todos que operam no Brasil. Assim, combateremos o desmonte da companhia e defenderemos empregos e direitos!

Fonte: Sindipetro-RJ